Congresso dos Jornalistas: órgãos de comunicação social da diáspora são invisíveis
“Portugal está na moda. A língua portuguesa está em crescimento e há uma nova atitude dos emigrantes, particularmente entre os mais novos”, defendeu Raúl Reis no Congresso dos Jornalistas que teve lugar este fim de semana em Lisboa.
O co-fundador do BOM DIA, que participou no evento em representação da Plataforma – Associação dos Órgãos de Comunicação Social Portugueses no Estrangeiro, estrutura à qual preside, considera que as comunidades têm cada vez mais “orgulho em falar português”, o que ajuda à visibilidade dos meios de comunicação social em língua portuguesa,.
Aos olhos de Portugal, o jornalismo no exterior é algo invisível, que lutou quase sempre sozinho, para corresponder com a obrigação e vontade de informar os portugueses além-fronteiras, lamenta Raúl Reis.
Mais de 160 jornais, revistas, rádios e televisões, um grupo até onde já se incluem os blogues produzidos por jornalistas, aproximam as comunidades portuguesas emigrantes. E, independentemente do idioma adotado, relatam o que é português ou do seu interesse. Em França, a pressão social para se redigir ou falar na língua local é maior e na Venezuela só se existe jornalismo para emigrantes em língua espanhola. O português, por sua vez, domina no Luxemburgo. São alguns dos exemplos que apresenta para explicar que “cada meio de comunicação de cada país tem de se adaptar à sua diáspora” em termos linguísticos, afirma Raúl Reis, salientando a importância da resposta de cada título à diversidade de idiomas e públicos, que variam entre os mais especializados que fogem da precariedade das oportunidades que lhes faltam e os que mal comunicam ou leem em português.
Leia a entrevista completa de Raúl Reis à organização do Congresso aqui.