De facto continuamos a ter a mania de dar nomes a infra-estruturas de pessoas que não possuem qualquer relação com a infra-estrutura.
Ao Infante Sagres, relacionado com a navegação, deram-lhe o nome a uma auto-estrada.
Ao também navegador Vasco da Gama, deram-lhe o nome de uma ponte.
No que tocava a aeroportos funcionava mais ou menos:
Sá Carneiro faleceu num acidente de aviação e por isso merece um aeroporto.
O Cristiano Ronaldo e o Papa João Paulo II fartavam-se de viajar e ambos receberam o prémio “Mister Milha Aérea”.
O Aeroporto de Faro bem se podia chamar “Zezé Camarinha”, mas a ideia não foi para a frente.
O único tipo que se relacionou profissionalmente com aeroporto foi Humberto Delgado, mas vai acabar e dar lugar ao Aeroporto Luís de Camões.
Que eu saiba Luís Camões foi um dos maiores nomes da história de Portugal, mas tal como Vasco da Gama e o Infante, não entendia nada de aviões.
Na verdade pelo ar transportou um pergaminho com um braço enquanto com o outro, nadava até à costa. Portanto uma piscina tinha mais razão de ser, do que um aeroporto. Portanto gostaria de ver a piscina Luís de Camões que e muito mais adequado.
Fui nadador e posso garantir-vos que essa história é uma aldrabice. Ninguém consegue nadar muito tempo com uma mão sempre fora de água e para além de mais, naquela época, os poucos que sabiam nadar, nadavam muito mal.
Podia ser mas a cerca de 5 ou 6 metros da costa, mas certamente que teria pé e nao precisavam de nadar.
Pedro Guimarães