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10 de Junho: Marcelo pede mais riqueza, mais igualdade, mais coesão

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O Presidente da República defendeu que Portugal não pode desistir de criar mais riqueza, igualdade, mais coesão, considerando que só isso permitirá que continue a ter a sua “projeção no mundo”.

“Não podemos desistir nunca de criar mais riqueza, mais igualdade, mais coesão, distribuindo essa riqueza com mais justiça”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa no seu tradicional discurso na cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorre este sábado no Peso da Régua, distrito de Vila Real.

Só dessa forma, prosseguiu o chefe de Estado, Portugal poderá continuar a ter a sua “projeção do mundo”, o seu “desígnio nacional”.

“É a nossa vocação de sempre: fazermos pontes, sermos plataforma entre oceanos, continentes, culturas e povos. Outros há, e haverá, que são e serão mais ricos do que nós, mais coesos do que nós, mas com línguas que poucos conhecem, incapazes de compreenderem o mundo, de o tocarem e de o influenciar, mesmo aquele mundo que está mesmo à beira da sua porta”, disse. 

Lusa

O Presidente da República considerou ainda necessário “cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda”, advertindo que, só se não se quiser, é que “Portugal não será eterno”.

O chefe de Estado considerou que o país não quer “nunca cometer o erro” de trocar a sua vocação universal pela ilusão de que, para ser feliz, é necessário deixar de ser o que o marcou “há séculos”. 

“Mas atenção, que isso não seja álibi ou justificação para não sermos mais fortes e mais justos cá dentro, até para podermos ser mais fortes e justos lá fora”, frisou. 

Segundo o chefe de Estado, “é esse o apelo deste Douro e de todos os Douros”: “Pegarmos no impossível, tentarmos uma vez, com vezes, mil vezes, falharmos mais do que acertamos, (…) não desistirmos, começarmos de novo”.

“Darmos de novo viço ao que disso precisar. Plantarmos, semearmos, podarmos, cortarmos os ramos mortos que atingem a árvore toda. Recriarmos juntos, neste Douro, em todos os nossos Douros, o que faça o nosso futuro muito diferente e muito melhor do que o nosso presente”, declarou, sem nunca mencionar diretamente qualquer caso político atual.

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