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Voleibol feminino português de volta à Liga dos Campeões

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O FC Porto estreia-se na quinta-feira na fase principal da Liga dos Campeões de voleibol feminino, ao visitar o Numia Vero Volley Milano, finalista derrotado em 2023/24, devolvendo Portugal à principal competição europeia de clubes 19 anos depois.

Campeãs nacionais pela primeira vez de forma autónoma na última época, na sequência dos três títulos conquistados sob a designação de AJM/FC Porto, devido à parceria com a Academia José Moreira, as ‘azuis e brancas’ preparam-se para enfrentar os testes internacionais mais exigentes desde a reativação da modalidade no clube, em 2019/20.

“Vamos jogar contra uma das três melhores equipas do mundo no próximo jogo e ninguém está preparado para as defrontar. O melhor de tudo é que começamos em casa da melhor equipa do grupo e num ambiente espetacular, que nos vai mostrar como vencer a este nível. Temos de aproveitar muito o momento e o que isto nos pode ensinar”, antecipou o treinador do FC Porto, Miguel Coelho, em declarações aos meios oficiais dos ‘dragões’.

Além das italianas do Numia Vero Volley Milano, que foram derrotadas pelas compatriotas do Conegliano na final passada da ‘Champions’, as campeãs portuguesas encontram no Grupo C as turcas do VakifBank, detentoras de seis troféus europeus (2010/11, 2012/13, 2016/17, 2017/18, 2021/22 e 2022/23) e quatro mundiais (2013, 2017, 2018 e 2021), e o pentacampeão esloveno Calcit Kamnik, ainda à procura da primeira vitória numa fase de grupos.

O pavilhão Dragão Arena acolherá algumas figuras mundiais do voleibol feminino, com o Numia Vero Volley Milano a aportar Paola Egonu, que foi eleita a jogadora mais valiosa (MVP) e a melhor oposto nos Jogos Paris2024, conduzindo a Itália a um inédito cetro olímpico, tal como a colega de setor Anna Danesi, a zona 4 Myriam Sylla e a distribuidora Alessia Orro.

Desse trajeto também fez parte a zona 4 Caterina Bosetti, referência do VakifBank, a par da central Zehra Günes, da distribuidora Cansu Özbay, da zona 4 Derya Cebecioglu ou da líbero Ayça Aykaç, todas campeãs da Europa de seleções pela Turquia em 2023.

Segundo classificado da fase regular do campeonato português ao fim de seis jornadas, com os mesmos 14 pontos do Sporting de Braga, um abaixo do líder Sporting, o FC Porto garantiu uma histórica presença no patamar principal da Liga dos Campeões em outubro.

Ao triunfo caseiro pela margem máxima sobre o bicampeão espanhol CV Hidramar Gran Canaria (3-0), na primeira mão da ronda de qualificação, com os parciais de 25-19, 25-23 e 25-18, seguiu-se uma vitória tangencial em Las Palmas (3-2), por 22-25, 25-23, 21-25, 25-18 e 16-14, quando os ‘dragões’ só necessitavam de ganhar dois ‘sets’ ou, na pior das hipóteses, dominar o ‘golden set’.

Numa temporada iniciada com a conquista da Taça Ibérica frente ao Benfica (3-1), que se ‘vingaria’ na Supertaça nacional (1-3), o FC Porto passou a ser o oitavo emblema luso a atuar na principal competição europeia de clubes, e segundo na era Liga dos Campeões, iniciada em 2000/01.

Portugal estava ausente desde 2005/06, quando a única prestação do CA Trofa resultou no sexto e derradeiro lugar do Grupo A, com duplas derrotas perante cinco adversários e um desnível negativo de 2-30 em ‘sets’, cenário semelhante ao do Boavista em 1995/96, quando, na estreia da fase de grupos, perdeu sete jogos a uma só volta, com 0-21 em parciais.

Os ‘axadrezados’ totalizam as mesmas cinco participações de Benfica e Castêlo da Maia, contra 12 do Leixões, recordista de títulos nacionais (18), duas do Sporting de Espinho, primeiro a jogar a então denominada Taça dos Campeões Europeus, na edição inaugural, em 1960/1961, e uma de CDUP e CA Trofa.

Antes da implementação da fase de grupos, a prova era disputada por eliminatórias até à final, registo no qual o Benfica, em 1967/68, e o Leixões, em 1985/86, atingiram os quartos de final, contrastando com as 25 eliminações de clubes nacionais na primeira ronda que disputaram.

O FC Porto visita o Vero Volley Milano na quinta-feira, às 20:00 locais (19:00 em Lisboa), na Arena Di Monza, em Itália, na jornada inaugural do Grupo C da 65.ª edição da Liga dos Campeões de voleibol feminino, um dia depois da receção do VakifBank ao Calcit Kamnik.

Os vencedores das cinco ‘poules’ seguem para os quartos de final, na companhia dos três clubes oriundos dos play-offs a duas mãos entre os segundos colocados e o melhor terceiro, enquanto os últimos ficam automaticamente afastados.

Já os restantes terceiros classificados serão relegados para os ‘quartos’ da Taça CEV, segunda prova de clubes da Confederação Europeia de Voleibol (CEV), na qual o FC Porto evoluiu até aos 16 avos de final em 2023/24, sendo afastado pelas francesas do Béziers (vitória em casa por 3-2 e derrota fora por 1-3).

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