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Sou a favor da intervenção estatal nas publicações da Global Media

© Lusa

Tendo em conta a crise da Global Media em que está em causa a estabilidade e continuidade de órgãos de informação importantes como o Jornal de Notícias, Diário de Notícias, O Jogo, e TSF, entre outros, sou a favor da intervenção do Governo de modo sensivelmente igual ao que fez com o BES e outros casos ligeiramente análogos. 

Não parto para a nacionalização, mas defendo que se deve preservar órgãos de comunicação social fundamentais como estes, sobretudo num tempo em que esta está seriamente prejudicada, especialmente por via das redes sociais.

Num tempo em que cada utilizador das redes sociais se toma por jornalista em potência, por portador de informação válida, que escreve coisas sem jeito, muitas delas com erros ortográficos nunca vistos, com o intuito de desestabilizar e muita boa alma acredita cegamente e que por sua vez difunde e os comentários geram discussões polémicas, de ódio, de discriminação, de xenofobia, tudo que dê pelejas de dimensão sem fim, não é possível deixar calar estes órgãos de comunicação social.

Não estão apenas em causa órgãos de comunicação social importantes, e por via disso direitos constitucionais e valores democráticos como a informação livre e séria, estão em causa tradições, património histórico e postos de trabalho, prerrogativas que presidiram como argumento da intervenção estatal noutros organismos portugueses. 

Não podemos perder o JN, uma voz do Norte, fundamental no País. Até porque de seguida se abre o mesmo caminho a outros órgãos de comunicação, agoniando mais ainda outras publicações que são casos sérios de interesse para a sociedade em geral.

Mário Adão Magalhães

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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