Salon du Portugal atrai 5.000 visitantes a investir no nosso país
Na décima edição do Salon du Portugal, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Franco-portuguesa (CCIFP), Carlos Vinhas Pereira, considera que ao longo dos últimos anos o evento tem contribuído para o crescimento do investimento francês no nosso país “de forma exponencial”.
Ao longo da passada sexta, sábado e domingo, o Salon du Portugal atraiu cerca de 5.000 de visitantes ao Espace Champerret, em Paris. Segundo diretor do salão, Miguel Ribeiro, este número traduz-se na sua maioria em franceses “muito qualificados”, potenciais investidores interessados em descobrir mais sobre as oportunidades existentes em Portugal, tendência que tem vindo a acentuar-se ao longo dos vários anos de salão.
Nesta que foi a décima edição do evento em Paris, o presidente da CCIFP e principal impulsionador desta iniciativa, Carlos Vinhas Pereira, considera que este é um marco que “representa muito”, sendo o resultado de “muito trabalho e organização para estabilizar o salão, que nasceu em 2012”, disse em entrevista ao BOM DIA.
A décima edição do Salon du Portugal diferenciou-se das anteriores por ser especialmente focada nas regiões e municípios do interior de Portugal. De acordo com Miguel Ribeiro, esta diversificação espelhou-se bem ao longo dos 45 expositores ocupados por 140 profissionais especialistas em imobiliário, investimento e turismo em Portugal, que receberam “um feedback muito positivo” dos visitantes, que ficaram surpreendidos pela variedade de oferta que o país tem para oferecer.
Iniciativa da CCIFP, segundo o presidente, a ideia surgiu quando se deu a crise imobiliária em Portugal e também a Primavera Árabe, dois eventos que viriam a alterar significativamente o panorama económico em Portugal.
“Nessa altura, pensei imediatamente que os franceses já não iriam tanto para o Magrebe e portanto tínhamos que encontrar outro destino. O destino, para mim, era Portugal e portanto criámos este salão em 2012 em Porte de Versailles, perto daqui, numa primeira fase com muitos bancos, porque os bancos tinham muitos bens para vender, e começou assim”, explicou.
O evento foi crescendo e, segundo Carlos Vinhas Pereira, o balanço tem sido “muito positivo”. De acordo com o mesmo, ao longo dos últimos dez anos o Salon du Portugal em muito pode contribuir para despertar o interesse dos franceses para o nosso país: “agora estão lá 100 mil, a comprar, alugar, a investir, e fico muito satisfeito de poder ter contribuído um bocadinho para resolver a crise imobiliária e também, em termos económicos, trazer pessoas com alguns meios que estão a consumir e a contribuir para a economia portuguesa”, diz o presidente.
Segundo o presidente da CCIFP, o investimento francês “está a evoluir muito bem” em Portugal, sendo atualmente um país que já não atrai apenas reformados, como há alguns anos, mas também investidores.
Inicialmente “os franceses, e em primeiro lugar os reformados, tinham uma oportunidade de investimento a bom preço, com isenções fiscais, com todas as vantagens que representa o nosso país”. Porém, ao longo dos anos, “o investimento foi crescendo de uma maneira exponencial”, factor para o qual considera que “a melhor publicidade eram os franceses que já lá estavam” e que por isso “podiam testemunhar e dizer que valia mesmo a pena. Tudo o que nós dizíamos durante os salões era mesmo verdade, e não só conversa para atrair as pessoas”.
Para além do crescimento económico, Carlos Vinhas Pereira considera que outra grande contribuição deste evento tem sido o ”despertar” para o interesse dos franceses em Portugal em termos turísticos que “antigamente paravam em Espanha e não sabiam que havia outro país ao lado, e agora já sabem e vão diretamente para Portugal”, concluiu.