Lá longe longe longe um poeta lusitano
Sem trono, sem coroa mas com epopeias
Descreve lavradores e um povo serrano
Citadino, Lafonense e narra odisseias.
Canta o Vouga, o Sul e cria mares e galés
Onde a poesia navega com Vasco da Gama
São versos, desabafos destas minhas galés
Ecoando nesta terra o prestigio e a fama .
Não importa quem somos, ou a pena de Camões
Humildes no presente e no longínquo passado
Escrevo em Abril poemas de Mil sem sermões
Declamo alguns versos e também canto o fado.
Somos poetas, aprendizes, memórias vale e serra
Comemos cabritos, vitela de Manhouce com batatas
Bebemos o vinho da Quinta das Moitinhas da nossa terra
Às nossas mesas oramos a Deus por estarem fartas!
José Valgode