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O egoísmo dos britânicos

Ao longo da nossa História, desde o século XIV, com início em D. Fernando e a sua aliança com o Duque de Lencastre, reforçada no Tratado de Windsor com D. João I e o casamento com D. Filipa de Lencastre que somos aliados com a Inglaterra.

Seguiram-se episódios pouco abonatórios das nossas relações com a Inglaterra, sempre por culpa desta devido à sua soberba, a qual pode revelar egoísmo.

Lembra-se aqui o século XVII com a filha de D. João IV, a chamada D. Catarina de Bragança, cujo casamento com o monarca inglês Carlos I foi exigido um volumoso dote, sobretudo pela cedência de territórios que nos pertenciam, mas com reduzidas contrapartidas para o nosso país.

O egoismo inglês revelou-se mais acutilante com o Tratado de Metween, no tempo de D. Pedro II, quando Portugal pretendeu aplicar o Mercantilismo, com o aumento das exportações e a redução das importações para dar como consequência o afluxo de metais preciosos aos cofres do Estado.

Por isso mesmo, deixámos de importar os tecidos ingleses, a fim de fomentar a nossa indústria textil, mas logo os ingleses penalizaram os vinhos do Porto com taxas aduaneiras superiores ao champanhe francês.

Daí derivaram prejuízos quer para os proprietários do vinho do Porto quer para a nossa indústria textil, porque continuámos a ser obrigados a importar os tecidos ingleses e as exportações do vinho do Porto foram mais reduzidas, embora as taxas aduaneiras tenham diminuído ligeiramente para facilitar a entrada dos vinhos do Porto na Inglaterra.

Depois foi no século XIX a obediência de Portugal pelo Tratado de Windsor ao não aderir ao Bloqueio Continental decretado por Napoleão Bonaparte para aprisionarmos os navios ingleses ancorados no Tejo.

Por termos sido leais aos ingleses Portugal foi invadido pelos franceses por três vezes, o que obrigou a Familia Real a refugiar-se no Brasil.

Acabámos por ser auxiliados militarmente pelos ingleses sob o comando de Arthur Wellsley, o conhecido Duque de Welllington, vencedor de Napoleão em Waterloo e igualmente vencedor de Junot, Soult e Massena, os comandantes franceses das invasões.

Poderíamos ter ficado agradecidos aos ingleses, mas a ausência da Familia Real no Brasil foi aproveitada para a substituir na governação de Portugal por intermédio de William Bersford.

Portugal fez uma primeira tentativa para se libertar dos ingleses em 1817 com uma revolução sob o comando do General Gomes Freire de Andrade .

Uma inconfidência dum alferes numa taberna da época levou ao cadafalso o General, enforcado no Campo Mártires da Pátria pelos ingleses.

Foi preciso a Revolução de 1820 sob a direcção do Juiz Desembargador do Tribunal da Relação do Porto, Manuel Fernandes Tomás, com a ajuda da Maçonaria Sinédrio para se proceder à expulsão dos ingleses.

Mais tarde, a Inglaterra vai fornecer-nos capitais para a política de Fontes Pereira de Melo, conhecida pelo Fontismo, para a construção de vias de comunicação, mas obrigando Portugal ao pagamento, em curto espaço de tempo, dos capitais emprestados, o que se tornou impossivel, pois as vias de comunicação não forneceram a curto espaço dividendos suficientes para tal pagamento.

Portugal ficou na dependência do capitalismo inglês, o que se tornou numa das causas, entre outras, para a queda da Monarquia Constitucional e a implantação da República de triste memória.

Uma outra causa malévola dos nossos “amigos” ingleses foi o Ultimatum Inglês, o qual deu ao rei D. Carlos um prazo de 48 horas para a nossa força militar sair da região do Chire, entre Angola e Moçambique, porque queria ligar a cidade do Cabo à cidade do Cairo por uma linha de caminho de ferro.

Portugal abandonou a região e os republicanos com a maçonaria Carbonária assassinaram D. Carlos e o filho mais velho Luís Filipe.

Poderemos avançar no tempo e a Neutralidade Colaborante de Salazar na II Guerra Mundial agradou inicialmente a Churchill e aos Aliados, mas feita a paz logo a Inglaterra pressionou Salazar para ceder o Ultramar para as independências.

Assistimos a pressões inglesas, quando do caso da Índia, com o fecho do Canal  de Suez, para se seguir as votações na ONU contra a posição de Portugal em relação ao Ultramar.

Em 1962, quando do primeiro pedido de Salazar de adesão à CEE, foi a Inglaterra a causa principal da recusa da nossa entrada pelo veto de Charles De Gaulle à Inglaterra que apanhou também Portugal por tabela.

Finalmente chegamos ao tempo actual com o máximo de egoismo da Inglaterra.

Pôs-se em fuga,deixando os 27 paises da UE em sobressalto com as consequências nefastas.

A velharia com o seu nacionalismo bacoco deve pagar as consequências da irresponsabilidade para com o futuro da juventude, que acredita no projecto europeu e na sua integração nesse espaço de liberdade e de livre circulação.

Olvidando a população dos 27 estados, a Inglaterra merece ser sujeita à balcanização, com a independência da Escócia e da Irlanda do Norte, que desejam continuar na UE.

Mas que esta balcanização não contamine a Espanha ou a Bélgica.

O EGOISMO INGLÊS merece a punição da saida da UE.

O reforço da coesão europeia será a resposta adequada ao EGOISMO INGLÊS.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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