Mundial de Ralicrosse atrai portugueses e espanhóis a Montalegre
Milhares de amantes do ralicrosse regressam, este fim de semana, ao Circuito Internacional de Montalegre, para viver de perto as emoções do campeonato do mundo da modalidade, com os carros a combustão a merecer elogios de portugueses e espanhóis.
O Circuito Internacional de Montalegre volta a ser o palco eleito para a jornada dupla da modalidade em solo portuguêsdeste fim semana, depois de ter acolhido a primeira prova de sempre do Campeonato do Mundo de Ralicrosse há precisamente 10 anos.
São 52 os pilotos presentes na quarta e penúltima etapa do mundial da modalidade e, também, da derradeira jornada dos europeus das categorias RX1 (Supercars), RX3 (S1600) e RX2e.
O bracarense Igor Guerra, que se assumiu como um “verdadeiro aficionado” do automobilismo, convenceu a família a rumar à pista barrosã para assistir ao vivo, e pela primeira vez, a uma competição da modalidade.
“Já há muitos anos que gostava de poder ver corridas ao vivo, tinha essa curiosidade. Como tínhamos um amigo que já estava cá, aproveitámos para vir até Montalegre. Estou a gostar”, frisou à agência Lusa.
Cátia Campos, também ela estreante, gostou da ideia do marido e fez um balanço positivo da “experiência” que é poder ver de perto os pilotos em ação.
Enquanto o filho Miguel, de oito anos, gostou de ver “os carros que fazem mais barulho”, a combustão, a irmã Maria, de seis, preferiu “as ultrapassagens”, sobretudo “as mais renhidas”.
Da província da Corunha, na vizinha Espanha, Raquel García voltou a cumprir a “tradição” de juntar um grupo de amigos e viajar até Montalegre, de autocaravana, para voltar a sentir o rugido dos motores durante todo o fim de semana.
“Há vários anos que repetimos esta vinda a Montalegre porque gostamos muito de vir cá, pelo convívio, pelo ambiente das bancadas. Além disto, fico encantada com os carros elétricos por causa da potência que conseguem ter”, vincou.
Também o espanhol José Fernández, da província de León, reservou o fim de semana da etapa portuguesa do mundial de ralicrosse para rumar a Montalegre pelo quarto ano consecutivo.
“A pista fica numa zona bonita e eu sou aficionado do ralicrosse desde pequeno”, confessou o espanhol.
Quanto à preferência, José não tem dúvidas: “Gosto mais dos carros a combustão, pelo ruído e pelas emoções que criam, que não são as mesmas quando o carro é elétrico”, reiterou.
De regresso a uma “casa” que bem conhece, o barrosão José Pedro Gomes foi um dos 11 pilotos homenageados pelo município de Montalegre e do Clube Automóvel de Vila Real a propósito do 25.º aniversário da pista.
Ao voltar a pisar o asfalto do circuito localizado no sopé da Serra do Larouco, o campeão da primeira prova oficial ali realizada, em 1999, mostrou-se emocionado pelo reconhecimento.
“É um misto de saudade, de gratidão e de alegria porque, passados 25 anos, vejo como este circuito evoluiu, com uma estrutura muito, muito boa, reconhecida internacionalmente. A interioridade é uma fatura muito cara, por isso, ver estas bancadas sempre cheias, é [sinal de que é] uma boa aposta”, vincou.
Adepto confesso dos motores a combustão, José Pedro Gomes acredita que irão prevalecer nas competições nacionais e internacionais, porque “corridas sem barulho, não dão prazer”.