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Mário Adão

Nasci um dia
Para na vida me apagar,
Não se aquilo que queria
Muito menos o que gostar.

Desde o dia em que nasci
Era sempre a progredir.
Agora que cresci
Sei lá onde vou intervir.

Cansado da vida ingrata
Estou eu, insatisfeito
Mas a minha alma mata
Aquilo que me vai no peito.

E desta minha mão
Que do peito eu tiro a dor
É com o coração
Pois sei que existe amor…

E no meu coração vai
Aquilo que eu escrevo
Porque tudo daqui sai,
Meu é muito ou pouco enlevo.

É apenas meu coração
Que sabe, e sente dor.
É então com a minha mão
Que transcrevo o amor…

… E sai do meu coração
Dor; Prazer; Masoquismo; Amor (…)
E um sofrimento, um ardor
Que eu escrevo com a mão…

… Apesar do meu coração
Sensível, colorido; Amargurado ou sorridente
Eu da fonética, escrita, não estou ausente
E sai de mim, tudo… Porque sou o Mário Adão…

Para O Jornal de Felgueiras de 03/03/1987
Joaquim Miguel Maio Ribeiro de Magalhães
(Pseudónimo Literário)
À época o director publicou a seguinte notaÀ partida, mais não eram do que uns versos mais, cuja publicação obedeceria a um escopo (genérico) de incentivo e divulgação de potenciais novos valores…

Só que um brutal acidente em que se viu envolvido o seu Autor – neste momento a lutar ainda, corajosamente, com um doloroso processo de recuperação –  deu uma força diferente às palavras do poema, e um renovado alento às ideias nele vertidas.

Pela nossa parte, formulamos os votos sinceros de um rápido restabelecimento.

Confiança, Mário Adão!

Miguel Mota

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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