O primeiro-ministro, António Costa, considerou “um orgulho para Portugal” a seleção de Jorge Moreira da Silva para diretor executivo do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (UNOPS) e secretário-geral-adjunto das Nações Unidas (Under Secretary-General).
“É um orgulho para Portugal. Estou certo de que demonstrará mais uma vez o seu excecional profissionalismo”, escreveu António Costa, na rede social Twitter.
Na mesma plataforma, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, também desejou “os maiores êxitos nesta importante responsabilidade” ao ex-ministro português e ex-candidato à liderança do PSD.
“Felicito calorosamente Jorge Moreira da Silva pela sua nomeação como diretor executivo da estrutura das Nações Unidas para Serviços de Projetos. É uma escolha que honra Portugal”, salientou Santos Silva.
O português substitui o dinamarquês Jens Wandel, anunciou na quinta-feira o secretário-geral da ONU, António Guterres.
O UNOPS é um órgão operacional das Nações Unidas, cujo objetivo é ajudar diferentes parceiros a implementar projetos de ajuda humanitária, desenvolvimento e construção da paz, nos contextos mais complexos do mundo, mediante práticas sustentáveis.
Jorge Moreira da Silva assegurou que nos próximos anos irá estar “totalmente focado” no cargo das Nações Unidas para o qual foi nomeado.
“É com alegria e sentido de responsabilidade que acolho a decisão hoje anunciada pelo Secretário-Geral das Nações Unidas de me nomear, na sequência de um concurso público internacional, Diretor Executivo da UNOPS (Agência da ONU para as infraestruturas e gestão de projetos) e Secretário-Geral-Adjunto das Nações Unidas (Under Secretary-General)”, afirmou o antigo vice-presidente do PSD, em comunicado, na quinta-feira.
Segundo Moreira da Silva, tratou-se de “um processo competitivo”, ao qual concorreu individualmente.
De acordo com a nota divulgada pelo escritório de António Guterres, Moreira da Silva é atualmente professor catedrático convidado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e professor adjunto na Paris School of International Affairs (Sciences Po).
Mais recentemente, liderou a Direção de Cooperação para o Desenvolvimento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em Paris (2016-2022), onde lançou uma reestruturação dessa direção com o objetivo de “impulsionar a horizontalidade, a colaboração e a cocriação”, segundo o comunicado.
Como chefe do Secretariado do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento (DAC) – uma organização multilateral inserida na OCDE – Moreira da Silva “ancorou a formulação de novos padrões de cooperação para o desenvolvimento e ajuda humanitária”, segundo a ONU.
Antes de ingressar na OCDE, Moreira da Silva, que é licenciado em Engenharia Eletrotécnica (área de Energia), foi ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia entre 2013 e 2015 e professor catedrático na Universidade de Lisboa, tendo ainda assumiu outros cargos políticos nas últimas décadas, um percurso ligado ao Partido Social-Democrata (PSD).
Entre 2003 e 2005, foi secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior e secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território. Entre 1999 e 2003, foi deputado ao Parlamento Europeu.