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Esperança de que 2023 chegue depressa

Ao fim de vários dias trancada em casa com os miúdos por causa do covid do mais novo, que felizmente não passou de febre ligeira no primeiro dia e nunca mais deu sinais de si, e de contarmos os dias, horas e minutos que faltam até ser sábado e podermos todos sair disto, eis que o meu filho mais velho apanhou também o bicho.

Tal como o irmão, febre ligeira umas horas, depois sacudiu a coisa e está aí para as curvas. Já retomaram ambos a ocupação preferida, que é arreliarem-se um ao outro.

Em termos práticos volta tudo para trás e mais sete dias de isolamento para nós. Eles estão radiantes, eu vou cerrando os dentes e espero sinceramente na velhice já só ter uma recordação muito ténue e melhorada disto.

O trabalho vai bem, obrigada. Fora a parte de eu estar com um humor de cão e a rogar pragas a quem acha que é possível (e expectável) uma pessoa conseguir ter rendimento com duas crianças aos saltos e esfomeadas o dia todo, corre tudo de feição. Ontem comecei a trabalhar às onze da noite, depois de ter passado o dia a ajudar os miúdos com as mil tarefas que as professoras lhes passaram. Antónimos, sinónimos, ângulos complementares e suplementares, deixaram de ter segredos para mim. Hoje será igual.

A vontadinha de ficar assim mais uma semana e o humor que daí advém é tal que nem o vírus se atreve a chegar-me perto. “Eh lá, esta não!”, ouço-o dizer. Ou isso, ou está a guardar-me para o fim.

De aqui do meu interminável 2020 vos saúdo, na esperança de que 2023 chegue depressa.

Ines Thomas Almeida

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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