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Cada vez menos portugueses emigram para o Reino Unido

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O número de novos emigrantes portugueses no Reino Unido caiu 41% em 2022, para 7.941, em relação ao ano anterior, segundo os últimos dados publicados pelo Governo britânico, confirmando a tendência decrescente acentuada desde a saída britânica da União Europeia.

De acordo o Ministério do Trabalho britânico, em 2021 tinham-se inscrito 13.551 portugueses na Segurança Social, um requisito para poder trabalhar ou receber apoios sociais no país e um indicador usado para calcular os fluxos demográficos para o país.

Apesar de marcar o fim da liberdade de circulação dos europeus no Reino Unido e a entrada em vigor de novas regras mais rígidas para a imigração, o ano de 2021 registou um aumento relativamente a 2020.

No ano de 2020, marcado por sucessivos confinamentos em Portugal e Reino Unido devido à pandemia de covid-19, registaram-se na Segurança Social britânica apenas 6.664 portugueses.

Desde 2016, ano em que 52% dos eleitores britânicos votaram num referendo a favor da saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’), que a imigração europeia decresceu acentuadamente de um pico de 32.301 inscrições em 2015.

Atualmente, os cidadãos europeus estão sujeitos a um novo sistema de imigração que exige visto de trabalho e certas condições, como um contrato, salário mínimo e conhecimentos mínimos de língua inglesa.

Estima-se que a comunidade portuguesa no Reino Unido ronde as 400 mil pessoas, a maioria estabelecidas nos anos 2010 como resultado da vaga de emigração causada pela crise financeira.

Estatísticas do Ministério do Trabalho britânico mostram que cerca de 226.000 portugueses registaram-se entre 2011 e 2019 na Segurança Social britânica.

Números atualizados hoje pelo Ministério do Interior sobre o Sistema de Registo de cidadãos da União Europeia (EU Settlement Scheme, EUSS) contabilizam 462.490 candidaturas por cidadãos portugueses até ao fim de 2022 para obter uma autorização de residência, obrigatória no regime pós-‘Brexit’.

Destes, 256.570 portugueses receberam um título de residência permanente (‘settled status’), 165.820 um título provisório (‘pre-settled status’) e 40.290 tiveram os processos rejeitados ou invalidados.

O número de candidaturas não é equivalente ao número de portugueses residentes no Reino Unido, pois algumas são repetidas devido à necessidade de recurso ou para passar do estatuto provisório a permanente.

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