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Bispo de Fall River em Fátima: não se deixem influenciar pelas redes sociais

© DR

O bispo de Fall River, nos Estados Unidos da América, apelou este sábado aos jovens para que não se deixem influenciar pelas redes sociais e às famílias para que dediquem mais tempo aos filhos.

“Não vos deixeis influenciar pelas redes sociais, pela Internet, pelos amigos. A vida é mais do que o seu ‘smartphone’, computador, ‘tablet’, Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat ou Tik-Tok. Ouçam seus pais, seus avós, seus professores”, afirmou Edgar Cunha, na missa da peregrinação internacional aniversária de agosto ao Santuário de Fátima.

Aos jovens disse ainda que “não pensem que Deus, religião, sacramentos, igreja e oração são coisas do passado e, somente, para as pessoas mais velhas”, e deixou um pedido aos pais, para que estejam mais presentes.

“Alguns pais dão muitos presentes aos filhos, para compensar a ausência deles mesmos. Ao invés de darem presentes, estejam presentes e sejam presentes”, disse o bispo, esperando que a partir de hoje todos dediquem “mais tempo à oração e menos tempo à televisão, mais tempo com a família e menos tempo em interesses pessoais, mais tempo em silêncio para ouvir a voz de Deus e menos tempo com os barulhos da vida”.

Na homilia, Edgar Cunha, nascido no Brasil e imigrante nos Estados Unidos, reconheceu que “há milhares de pessoas aqui hoje vindas de várias partes” do planeta, mas frisou que este não é “um encontro turístico ou de entretenimento, mas, sim, uma peregrinação”.

Pedindo aos fiéis para que não se deixem “abater pelos profetas do mal, pelos que querem espalhar dúvidas, terror, ódio, egoísmo e trevas”, o bispo de Fall River, onde reside uma numerosa comunidade portuguesa originária dos Açores, assinalou também que se assiste a “um mundo dilacerado pela guerra, pela injustiça, pela violência, pela falta de respeito à vida e à dignidade da pessoa humana”, onde cristãos são perseguidos pelo facto de o serem.

“Tirem Deus do mundo e verão o que será dele”, alertou.

Defendendo que agora “é a nossa vez de acender o fogo do amor de Deus no coração da humanidade e de renovar a face da terra”, o prelado criticou “quantos se dizem católicos, mas o são só de nome”.

“A Igreja de hoje vai ao encontro do seu povo, não fica à espera. Vai às periferias, como nos lembra o Papa Francisco”, recordou, desejando, igualmente, que a peregrinação, também considerada dos emigrantes, “seja uma fonte de renovação de fé para cada um”, para, no regresso a casa, se trabalhar em conjunto na construção de um mundo melhor.

Esta peregrinação, que integra a peregrinação do migrante e do refugiado, incluiu a tradicional oferta de trigo, ação que se repetiu pela 82.ª vez, iniciada por um grupo de jovens da Juventude Agrária Católica, de 17 paróquias da Diocese de Leiria, que em 1940 ofereceu 30 alqueires de trigo, destinados ao fabrico de hóstias para consumo no Santuário de Fátima. 

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