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ANACOM pede mais apoios para jornais regionais

O presidente da ANACOM, João Cadete Matos, defendeu um aumento dos apoios estatais para manter fortes os jornais regionais, cujo desaparecimento considera uma perda para o país.

Os jornais regionais “têm de se manter fortes no seu papel”, afirmou hoje o presidente da ANACOM – Autoridade Nacional das Comunicações, considerando que, por isso, “na lista de prioridades que tem de ser feita no Orçamento do Estado, que é sustentado pelos contribuintes, os contribuintes devem considerar perfeitamente compreensível que os jornais sejam ajudados”.

A participar no colóquio “Os jornais regionais do futuro”, promovido nas Caldas da Rainha no âmbito das comemorações do 97.º aniversário da Gazeta das Caldas, o jornal mais antigo do distrito de Leria e do Oeste, João Cadete Matos, defendeu que o apoio aos jornais regionais “é aquele tipo de preocupação que faz todo o sentido ver inscrita nos programas de governação do país”, bem como da governação das autarquias, para que “os jornais se mantenham fortes e capazes de cumprir a sua missão”.

Da mesma forma que o Estado já contribui no pagamento dos custos de porte pago dos jornais, o responsável pela ANACOM, defendeu que essa é também uma questão de “proteção dos consumidores dos jornais”, já que, acrescentou “haverá um prejuízo grande para o país se do ponto de vista da viabilidade económica e financeira alguns jornais com este passado [quase centenário, no caso da Gazeta das Caldas] desaparecerem”.

Para o presidente da ANACOM o apoio ao financiamento dos jornais regionais, nomeadamente ao nível da sua transição para o digital, pode ainda passar “pelo apoio dos cidadãos, através da consignação de parte dos impostos” para esse fim.

No colóquio, o presidente da ANACOM defendeu ainda que o Estado, as autarquias e as entidades públicas devem “ter em atenção que na forma de fazer chegar a publicidade” aos jornais, desta deve ser canalizada “não apenas para os jornais nacionais, mas também para a imprensa regional”, lembrando a “relevância social” do seu papel.

João Cadete Matos debatia o papel dos jornais num painel que incluía ainda o presidente da Associação portuguesa de Imprensa (API), João Palmeiro, a diretora de políticas públicas da Google, Helena Martins e o professor universitário Miguel Castro.

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