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A negritude que se avizinha

© lusa

O povo acredita que quem mais grita, mais domina os “meios sociais”, tem realmente capacidade para governar, mesmo que fosse esse o seu propósito. E não é.

Durante a divulgação dos resultados, viu-se – e acaba por ser o mais desgraçado – a iliteracia do povo português. Que se deixa ludibriar pelo espectáculo, pela mediatização, o que também espelha a confusão do partido ADN com a AD nos boletins de voto. O caso ADN – AD daria muita discussão, mostra realmente muita iliteracia do povo. Vemos isso em muito lado. Desde logo nas redes sociais. Nas redes sociais, dum modo geral, porque quem der uma pequena olhadinha pelas redes sociais, espanta com o que lê. 

No entanto a confusão entre ADN e AD é responsabilidade desta última porque teve imenso tempo para dar por ela. 

A expressão do Chega no Alentejo mostra o radicalismo, desde logo comparando com alguns elementos do PCP naquele Alentejo, mas não só, porque o PCP prefere manter o seu orgulho, mesmo sabendo que perde, a actualizar-se e actualizar-se não quer dizer perder a sua matriz. Apenas a sociedade, a política é dinâmica e há que acompanhar os tempos, os dias.

Um grande ganhador é Nuno Melo, mais ainda que o CDS. Ficaria no desemprego e o CDS continuaria na sua expressão: fora do Parlamento até desaparecer. Ganhou para o CDS que assim se reergue e não é mau de todo para a Democracia. Ser repescado pelo PSD do modo que foi é que é curioso… 

É claro que não seria sinal de muita apreciação por parte do eleitor português mantar o PS no governo depois do que fez à maioria absoluta. Só que está em causa a negritude que se nos apresenta pela frente.

Mário Adão Magalhães

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico).

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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