Adicto – que ou quem depende de algo, geralmente de alguma substância química = dependente
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
Caminhas entre as ladeiras do perigo
Às voltas sem saber para onde ir,
Talvez não saibas que Deus está contigo
E que só tens que ser humilde e pedir.
Tudo aquilo que tu fazes
É somente o que o mundo de ti vê
Porque a angústia que no coração trazes
Só Deus sabe o que fazes, e o porquê.
O medo, a decadência, a destruição,
A esperança que deixou de existir,
O desespero, e nada muda,
Dias tenebrosos de solidão
Serão porta por onde podes sair
Desde que peças ajuda.
Haverá sempre quem te aponte o dedo
Qual corvo à espera que desfaleças,
Quem a vida te irá obstar,
Mas não tenhas medo,
Esses não querem que venças
Não querem que sejas tu a ganhar.
Finta-os, procura um outro atalho
Engana-os e manda-os pro caralho.
Há um propósito para a tua dor,
Uma razão para o teu pelejar
Para que te ergas e insistas,
E seja a tua situação qual for
De volta, a vida como prémio vais ganhar
Desde que nunca desistas.
Há uma força, um poder
Que te devolve à sanidade
Que te ajuda a combater o vício,
Por isso não tens que sofrer
Fingir que não vês a verdade
Ou viveres a vida num suplício.
Às vezes tudo começa numa brincadeira
Uma curiosidade que cresce,
Mais uma, e não é que se queira
E a brincadeira, depressa desaparece
Consumir tornou-se mais apetecível,
Como um monstro em que cresces,
Cresces tanto e é um vício,
Acabares com ele é possível
Tão possível quanto tu mereces
Dizer não a uma vida de sacrifício.
Se desistires ao primeiro sinal de fraqueza
Nunca serás bem-sucedido,
Levanta-te e luta, sê forte
Faz da tua dor um poder e uma certeza
E nada está perdido
A vida muda, e muda a tua sorte
Acredita que vale a pena viver
Acredita sem nunca duvidar,
E o teu acreditar faz acontecer
E ao acontecer já estás a ganhar.
Não esperes que a vida mude
Se não fazes nada para a mudar,
Procura quem te ajude,
Com quem possas partilhar
O teu fardo a tua contenda
Porque há sempre alguém que te compreenda.
(Possivelmente…poemas)