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Vem aí uma nova geração de aviões de combate

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O Reino Unido, a Itália e o Japão anunciaram ter chegado a acordo para um programa tripartido que vai desenvolver e construir aviões de combate de última geração, para estarem operacionais em 2035.

Os três países disseram que o Programa Global de Combate Aéreo de Defesa (GCAP, na sigla em inglês) pretende desenvolver aeronaves não tripuladas e aviões com sensores avançados e armas de ponta, de acordo com um comunicado conjunto.

Os primeiros-ministros dos três países disseram, no documento, estar comprometidos em defender uma ordem internacional livre, aberta e baseada em regras, características “mais importantes do que nunca” face ao aumento de “ameaças e ataques”.

Os governantes sublinharam que o programa vai “dividir custos e benefícios” entre os três países, incluindo os económicos, na criação de emprego, atração de investimento e desenvolvimento de processos avançados de fabrico.

Além disso, o plano vai contribuir para aprofundar a cooperação em defesa, a colaboração científica e tecnológica, a integração das cadeias de fornecimento e fortalecer a base industrial de defesa, referiu o comunicado.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse que “a próxima geração de aeronaves de combate” vai permitir proteger o Reino Unido e aliados “em todo o mundo”, e “salvar vidas”.

O desenho do novo caça vai garantir “a interoperabilidade” com os sistemas militares dos Estados Unidos, da NATO e dos demais aliados dos três países, garantiu a mesma nota.

Na prática, a iniciativa supõe a fusão do programa japonês F-X, liderado pelo conglomerado Mitsubishi Heavy Industries, e do programa anglo-italiano Tempest, no qual participam a aeroespacial britânica BAE Systems e a italiana Leonardo.

O primeiro passo do programa vai ser acertar a base do novo caça e preparar as estruturas necessárias para iniciar a fase de desenvolvimento em 2024.

Durante 2023, Reino Unido, Itália e Japão devem fechar a estimativa de custos do projeto, acordar as contribuições económicas de cada país e incorporar esses gastos nos respetivos orçamentos.

Na terça-feira, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou planos para aumentar o investimento militar para 43 biliões de ienes (300 mil milhões de euros) entre 2023 e 2027, uma subida de 56% em relação ao total dos últimos cinco anos.

O Japão procura aumentar as capacidades de defesa para fazer face às crescentes ameaças nas fronteiras, desde a Coreia do Norte à China, passando pela Rússia, na sequência da invasão da Ucrânia.

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