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Universidades dos Açores e Massachusetts anunciam colaboração

A Universidade dos Açores e outras universidades portuguesas vão colaborar com a Universidade de Massachusetts de Lowell, nos Estados Unidos da América (EUA), no desenvolvimento de projetos conjuntos, foi anunciado.

“Espera-se que, com base nestes memorandos de entendimento, se tenha uma matriz onde assentam essas parcerias, onde possam surgir projetos, onde possa haver mobilidade de investigadores de ambos os lados do Atlântico, que possa haver mobilidade de estudantes, inclusive”, afirmou o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia do Governo dos Açores, Gui Menezes.

O governante falava no Parque de Ciência e Tecnologia da Ilha Terceira (Terinov), em Angra do Heroísmo, à margem de um encontro entre investigadores de várias universidades portuguesas, da Universidade de Massachusetts e responsáveis de outras entidades, no qual vão ser assinados três memorandos de entendimento.

Um dos memorandos, entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e a Universidade de Massachusetts, prevê a criação de projetos científicos partilhados entre investigadores de universidades portuguesas (incluindo a dos Açores) e da universidade norte-americana, em áreas como o espaço, as alterações climáticas, os oceanos e a sustentabilidade.

Um segundo memorando prevê a criação, já em 2019, de três cátedras sediadas na Universidade dos Açores nas áreas da transformação digital, inovação e sustentabilidade, que pretendem atrair investigadores de topo para a região.

Cada cátedra terá um custo estimado de 100 mil euros, sendo o financiamento tripartido entre a Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento (FLAD), a FCT e o Governo Regional dos Açores.

Será ainda assinado um memorando com vista à criação do ‘Inovation Hub’ do Air Centre (Centro Internacional de Investigação do Atlântico), que será instalado no Terinov e que prevê a partilha de conhecimento e a promoção da mobilidade de professores, investigadores e estudantes de formação avançada entre as universidades dos Açores e de Massachusetts.

Segundo Gui Menezes, a parceria surgiu na sequência da visita de uma delegação portuguesa àquela universidade norte-americana, em fevereiro deste ano, mas há muito que era esperada.

“Aquela zona da costa leste dos Estados Unidos tem muitos açorianos, desde há muito, e este é um contributo que a ciência faz para aproximar os dois lados do Atlântico e aproveitarmos isto para tirarmos mais-valias científicas, mas também que possam contribuir no futuro para o nosso desenvolvimento económico”, salientou.

O secretário regional destacou o potencial dos Açores em áreas como os oceanos, o espaço e a energia, que os faz serem reconhecidos como um “pequeno laboratório de teste”, devido à dimensão do arquipélago, à sua dispersão insular e localização geográfica.

“Há, de facto, muitas áreas afins e que nós julgamos que podem ser desenvolvidas a partir de agora. A área do espaço é uma delas e é uma área que tem tido um crescimento grande nos Açores e que queremos continuar a reforçar”, frisou.

Aquele responsável deu como exemplo a estação da Ilha de Santa Maria, que integra a Rede Atlântica de Estações Geodinâmicas e Espaciais (RAEGE), onde é usada “uma técnica de observação que é também utilizada para estudos de astronomia pela Universidade de Massachusetts”.

A vice-reitora da Universidade de Massachusetts de Lowell, Julie Chen, considerou que há uma “grande vantagem” nesta colaboração entre universidades, governos e indústria, destacando o contributo da investigação científica no desenvolvimento económico.

“A mais-valia da Universidade dos Açores é baseada na localização e no bom trabalho que tem sido feito em áreas como o mar, a sustentabilidade e as alterações climáticas”, referiu, classificando o arquipélago como “um laboratório vivo”.

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