
Diariamente escrevo um pouco de tudo
Abro as portas de um silêncio coado
Armo uma tenda recheada com suspiros
Colho rosas vermelhas e até canto fado.
Decifro ais, invento símbolos e metáforas
descrevo linguagens que não são fatais
E cada verso se há-de tornar meu amigo
Desligo a televisão aos discursos brutais.
Diariamente riu para que algo possa acontecer
Não aguardo epopeias, mas um puro verso
E que o mundo possa vir a compreender
Que o discurso do ódio pode tornar-se fatal!
Diariamente procuro um pensamento salutar
Varro da mente os pensamentos negativos
Conjugo o presente com o verbo amar
E agradeço por lerem os poemas vivos.
Diariamente alerto que existem cérebros encardidos
Evitando TV com muitos recheios de corrupções
Onde se vê ilustres agonizar os chamados mortos/vivos
Pois parte da humanidade anda espumando emoções!
José Valgode