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Um bocadinho de liberdade

Nunca usei máscara na rua, apenas no supermercado e outros estabelecimentos onde é obrigatório (ou morria de fome).

No início de Julho consegui ir à piscina municipal, máscara para entrar e seguir até ao balneário, dentro do balneário, surpresa!, jovens adultas e velhinhas tudo a monte, sem máscara e sem várias peças de roupa, em belo ambiente quente e húmido (ui, ui). Não consta que tenha havido baixas. Na última caminhada do balneário ao tanque propriamente dito também não. Em frente à piscina dos pequeninos, aquela mesmo quentinha, um instrutor gritava (perdigotagem!) ordens a velhinhos de joelhos imersos e frenéticos.

Em jantares de amigos, demasiado poucos, muito poucos mesmo, nunca ninguém de máscara.

Não recebi (ainda) ordem de marcha para a vacina. Quando receber, não tenho a pretensão de imaginar que se vão esquecer de mim mas o meu pensamento mágico luta por isso, vou fazer de conta que ficou perdida no meio de outras mensagens que ignoro olimpicamente, porque posso.

Este resto de esquecimento é o meu último reduto. Um resto, um desvio, um bocadinho de liberdade, pf.

Miucha Baldinho

 

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