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UE: a hora de agir

Nos próximos dias 17 e 18, realiza-se o Conselho Europeu e vamos conhecer a vontade política dos 27. O que estará em cima da mesa é um plano de recuperação de 750 mil milhões de euros, 500 mil milhões a fundo perdido e 250 mil milhões a título de empréstimos.

A contrapartida para o voto favorável dos “frugais” poderá passar por um corte na ordem dos 2% na proposta da Comissão, passando de 1,1 biliões para o próximo quadro financeiro plurianual (2021-2027), para 1,07 biliões, mantendo-se inalteráveis os valores da coesão e da agricultura, e uma redução nas contribuições líquidas para o orçamento da União da parte da Holanda, da Áustria, Dinamarca, Suécia e Alemanha.

Tem sido notável o esforço do primeiro-ministro, do ministro dos Negócios Estrangeiros e da representação diplomática em Bruxelas, na defesa de um plano europeu de combate à pandemia e, agora, na procura de uma resposta para a tão urgente recuperação económica e social. Este trabalho, anterior à crise pandémica, ganhou redobrada importância.

Primeiro, porque dá continuidade a um conjunto de várias decisões que mostraram uma vontade europeia de agir. O programa SURE, que financiou os esforços com o lay-off destinado a proteger o emprego, a emissão de dívida garantida pela União, assegurando taxas de juro equivalentes para os estados-membros e afastando, para já, o apetite dos especuladores, e a emissão de linhas de financiamento por parte do Banco Europeu de Investimento destinadas a financiar as PME, são prova dessa vontade.

Segundo, porque são já conhecidos alguns dos efeitos da pandemia na destruição do tecido económico e do emprego. Esses resultados, agudizar-se-ão e poderão ser mais duradouros do que se poderia esperar no início do desconfinamento.

Esta é a razão para a urgência num acordo europeu. Garantir que os recursos financeiros chegam rapidamente à economia.

 

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