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Trincão inspirado salva Sporting

© Lusa

Um ‘hat-trick’ de Francisco Trincão foi crucial para o Sporting bater o Casa Pia (4-3), em inferioridade numérica, na 27.ª jornada da I Liga de futebol, em que os ‘leões’ revelaram muitas debilidades defensivas. 

No único jogo do campeonato marcado para o dia de Páscoa, No Estádio Nacional, em Oeiras, os ‘leões’ conseguiram manter a distância na classificação para o terceiro colocado Sporting de Braga, face aos três golos de Trincão (01 minuto, 39 e 85), com Pedro Gonçalves a fazer o outro tento, aos 48. 

Pelo Casa Pia marcaram Rafael Martins (07), Soma (45+1) e o suplente Felippe Cardoso (62), um minuto antes de ter sido expulso por acumulação de cartões amarelos. 

Desta forma, o Sporting permanece no quarto lugar, com 57 pontos, a cinco dos bracarenses, enquanto o Casa Pia é oitavo, com 38, os mesmos do Vizela (sétimo). 

Lusa

Se os ‘gansos’ estavam privados de Vasco Fernandes e Saviour Godwin, devido a castigo, nos ‘leões’ a maior ausência foi a de Paulinho, pelo segundo jogo consecutivo, já que continua a recuperar de lesão, com os dois treinadores a fazerem ambos três mudanças nas suas equipas. 

Face ao ‘nulo’ (0-0) em Barcelos, com o Gil Vicente, a meio da semana, Rúben Amorim apostou hoje em Diomande, Nuno Santos e Francisco Trincão em detrimento de Gonçalo Inácio, St. Juste e Morita. 

Já Filipe Martins lançou de início Fernando Varela, Neto e Diogo Pinto, nas posições de Vasco Fernandes, Mukendi e Saviour Godwin, depois da derrota em Vizela (3-1). 

Em busca de somar o sétimo encontro seguido sem perder, os ‘verdes e brancos’ não podiam ter desejado um começo melhor, já que, no primeiro ataque, conseguiram inaugurar o marcador, com apenas 18 segundos disputados. 

Uma recuperação de bola a meio-campo, permitiu a Pedro Gonçalves progredir no terreno e servir Francisco Trincão à entrada da grande área, para este ‘trocar as voltas’ aos centrais e rematar de pé direito para o fundo da baliza. 

Desde a temporada 2014/15 que o Sporting não marcava no primeiro minuto de um jogo do campeonato. O antigo sportinguista Adrien Silva foi o último jogador a marcar, diante do Boavista. 

Contudo, mesmo estando com o controlo do jogo e na frente do marcador, o Sporting relaxou na defesa e abriu espaços para os ‘gansos’, à primeira tentativa, restabelecerem a igualdade no ‘placard’, à passagem do minuto sete. 

Matheus Reis facilitou junto à linha final e aliviou a bola para os pés de um adversário, que cruzou de pé esquerdo para Diogo Pinto cabecear à vontade e colocar a bola à mercê de Rafael Martins, que, de costas para a baliza, bateu Adán para festejar o 1-1. 

O golo da igualdade deu confiança ao conjunto casapiano, que baixou linhas para defender quando o caudal ofensivo ‘leonino’ assim o obrigava, mas não se inibiu de subir no terreno pelas alas, em busca da reviravolta. Yuki Soma tentou de longe surpreender Adán, que se mostrou atento. 

Chermiti, várias vezes solicitado, e Edwards, com dificuldades em definir o último passe, eram os mais inconformados nos ‘leões’, e voltou a ser, novamente, Trincão a mostrar os dotes que levaram o Sporting a contratá-lo. Desta vez, recebeu um passe rasteiro de Esgaio, para, de pé esquerdo e sem balanço, rematar muito colocado. 

A equipa de Amorim voltou a ser muito permeável e a dar todo o espaço que desejava o Casa Pia, que a disse ‘sim’ para nova igualdade, ainda que com alguma sorte à mistura. Um remate forte de Diogo Pinto foi defendido por Adán para frente, com a bola a sobrar para uma recarga do japonês Soma, mesmo em cima do tempo de descanso. 

Foi sem surpresas que Reis e Diomande ficaram no balneário, assim como Chermiti, para darem lugar a Inácio, St. Juste e Morita, respetivamente, três trocas que deram ‘frutos’ logo no recomeço do jogo, com o médio nipónico a compor o meio-campo para deixar Pedro Gonçalves mais subido no terreno e este colocar o Sporting pela terceira vez na frente do marcador. 

Felippe Cardoso foi a ‘carta’ lançada por Filipe Martins, mas com um sabor agridoce, uma vez que o avançado brasileiro entrou em campo aos 56 minutos, recebeu cartão amarelo aos 59, marcou aos 62 – em nova desatenção ‘leonina’, que deixava o anfitrião fazer tudo o que quisesse -, e foi expulso aos 64, por colocar a mão na cara de Pedro Gonçalves. 

A jogar em superioridade numérica, os ‘leões’ carregaram sobre a defensiva casapiana e foi Edwards a dispor de uma grande chance, com o guarda-redes brasileiro Lucas Paes a levar a melhor no duelo com o inglês, antes de estar bem colocado para evitar o autogolo do defesa Fernando Varela. 

Francisco Trincão estava ‘endiabrado’ no Jamor e conseguiu, pela primeira vez na carreira, anotar um ‘hat-trick’, anulando as muitas debilidades ‘leoninas’. 

Quando decorria o minuto 85, o jogador emprestado pelo FC Barcelona passou a somar 11 golos na temporada, a melhor da carreira, num lance em que correspondeu da melhor maneira a um cruzamento de Pote.

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