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Toyota Mirai: o BOM DIA já andou a hidrogénio

Acabam de chegar ao mercado europeu os Toyota Mirai da nova geração, que é a segunda da tecnologia Fuel Cell. Quer isto dizer que este modelo da marca japonsea usa como combustível o hidrogénio.

O primeiro contacto com o Toyota Mirai é impressionante: o carro é imponente e bonito. A primeira impressão é de luxo e potência. Dá vontade de pegar no volante e fazer muitos quilómetros.

A escolha do hidrogénio faz parte do ADN da marca japonesa. Constantemente preocupada com a inovação em termos de novos combustíveis, foi a Toyota que, nos anos 90, quando poucos acreditavam na eletrificação do automóvel, iniciou esse caminho com o Prius, o primeiro híbrido do mercado de produção em massa.

Agora a história repete-se. Não com a eletrificação — que segue o seu caminho — mas com o hidrogénio. Contra ventos e marés e críticos desta tecnologia, a Toyota coloca no mercado um automóvel que é verdadeiramente uma opção à tendência elétrica. Com um senão: ainda há poucos pontos de abastecimento disponíveis

A expansão da infraestrutura de abastecimento necessária aos veículos movidos a por Fuel Cell vai provavelmente vai demorar uns anos. Por exemplo, em Bruxelas, onde fomos buscar o nosso Mirai de teste, há uma única “bomba”, perto do aeroporto de Zaventem. No Luxemburgo, onde circulámos com o carro, não há nenhum posto de abastecimento disponível para particulares, mas existe um sistema de abastecimento de hidrogénio para os autocarros da cidade, cuja frota já tem alguns veículos movidos a hidrogénio.

O Toyota Mirai usufrui da segunda geração de pilhas de combustível, mas os engenheiros da Toyota já estão a desenvolver a terceira. Um trabalho de investigação neste domínio que a Toyota iniciou no já longínquo ano de 1992.

Na visão da Toyota, os carros movidos a hidrogénio terão o seu lugar, tal como os híbridos e elétricos: a marca crê que não acontecerá a extinção de uma tecnologia em detrimento de outra, tal como conviveram os carros a gasolina com os movidos a gasóleo ou gás.

A colocação do sistema de hidrogénio sob o capô, incluindo a pilha de combustível, permitiu aumentar o espaço a bordo. O Mirai é um carro espaçoso, muito bonito, com um estilo tranquilo e atraente. As proporções clássicas de capô comprido e um perfil relativamente baixo dão-lhe uma linha excelente.

O Mirai de 2021 tem uma plataforma de tração traseira emprestada da Lexus. Para manter os custos baixos, o Mirai reutiliza peças de outros veículos da casa Toyota. A bateria de lítio é proveniente de um dos outros sistemas híbridos da Toyota, assim como o motor elétrico, e mesmo o sistema de infotenimento é igual ao de “qualquer” Toyota.

Na estrada, a aceleração do Mirai é digna, embora não seja um bólide: o zero aos 100 acontece em 9,2 segundos, mas o Mirai tem energia suficiente para surpreender nas recuperações.

O novo Mirai compartilha a sua plataforma com o Lexus LS e a força dessa base é imediatamente aparente quando conduzimos o Mirai. Em trechos acidentado de estrada sente-se o toque de limusina. A direção é precisa e tem resistência suficiente para fornecer amplo feedback.

O alcance estimado da pilha de combustível do Mirai é muito relativo. Quando carregamos o carro em Bruxelas, anunciava quase 450 quilómetros. A Toyota dizia-nos que o carro consegue mais de 500 de autonomia, mas tudo depende da condução. Descobrimos isso da pior forma, pois um trajeto de 200 quilómetros acabou por baixar a autonomia em cerca de 300. A Toyota diz que isso ocorre porque o computador de bordo precisa de tempo para aprender o estilo do condutor e assim poder oferecer estimativas de alcance precisas.

Carregar a pilha custa cerca de 50 euros. Estamos a falar de cinco quilos de hidrogénio, que são vendidos a 9,99 euros o quilo. Os tempos de reabastecimento são equivalentes aos de encher um depósito com gasolina ou gasóleo.

 

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