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Testemunhos reais: Rita Oliveira Pelica, “Founder & Chief Energy Officer”

Aqui partilhamos experiências, desafios e obstáculos em Job Search. Hoje com a entrevista realizada a Rita Oliveira Pelica, Founder & Chief Energy Officer da ONYOU – Empowering & Learning Experiences.

Ao longo do percurso profissional quais os obstáculos mais relevantes que encontrou?

Quando se tem um percurso profissional de quase 20 anos de experiência tem-se a felicidade de já se conseguir ter um histórico significativo de aprendizagens. Fazendo uma retrospetiva, há um ponto comum que encontro e que assinalo como sendo o maior obstáculo: a falta de comunicação nas organizações para com os seus colaboradores e culturas organizacionais demasiado rígidas que não são employee friendly. As pessoas não são valorizadas o suficiente nem estimuladas e motivadas para darem o seu melhor ou até apresentarem o seu ponto de vista. As organizações deveriam focar-se mais nas suas pessoas, no cliente interno. Das várias experiências que tive e que me fizeram mudar foi exatamente esse o motivo: “não te questiones, sempre fizemos assim!”. Para mim, esta mentalidade que ainda está muito enraizada nas nossas empresas é o grande obstáculo. Fala-se em cultura de inovação, em employer branding e employee experience mas é preciso passar das palavras à ação!

Sentiu o “poder e reflexos positivos do Networking” no seu percurso profissional?

Sou uma grande entusiasta do tema do Networking. E talvez por ser bastante extrovertida e com gosto por conhecer novas pessoas sinta uma apetência natural para o tema. Frequentei o meu primeiro evento de Networking em 2008 e desde então não tenho parado – até porque hoje em dia há muita coisa a acontecer a este nível. Exatamente por sentir o poder e impacto positivo desta “forma de estar” na vida e nos negócios e sempre com um sentimento de partilha de informações, recursos e conhecimento acabei por fazer a minha tese de mestrado em Marketing sobre o tema “O Networking enquanto ferramenta de marketing pessoal”. Sou muito consciente sobre a importância deste tema e reconheço que o faço com muito gosto e de forma autêntica. Dou / contribuo para a minha rede (network) e para várias comunidades às quais estou ligada. Também recebo em troca. São relações verdadeiramente win-win. Givers gain, já dizia Ivan Misner!

Os projectos internacionais foram sempre uma motivação/curiosidade?

Curiosamente esse é um tema mais recente na minha vida. Diria que começo a despertar em mim há cerca de 10 anos. Nunca tive experiências internacionais até aos meus 30 anos. Mas quando experimentei nunca mais quis perder essa vertente internacional. Percebi o quanto se “ganha” do ponto de vista do desenvolvimento pessoal e profissional com a diversidade cultural. Novas perspetivas. E ainda mais curiosidade… Atualmente viajo mais do que nunca até para conseguir estar a par das novas formas de viver e de trabalhar!

O que é o Sucesso para si?

Para mim o sucesso é uma realização pessoal que advém do relacionamento com os outros. Um sentimento de que estou no meu caminho e a “impactar pessoas”. Sinto que o meu sucesso se mede pelo sucesso das pessoas com as quais vou interagindo no meu dia-a-dia, através do feedback que vou recebendo dos meus clientes (empresas) e alunos (universidade). Alcanço o sucesso quando deixo as pessoas inquietas a dizer: “nunca tinha pensado nisso! Quero saber mais sobre o tema e sobre como ser uma melhor pessoa”. É deixar os outros mais curiosos capacitando-os para uma forma de estar na vida mais inconformista. É esta a missão da ONYOU, a minha empresa – promover learning experiences que deixem as pessoas a pensar.

(entrevista conduzida por Susana Miranda)

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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