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Testemunhos reais: Filipe Gill, designer de comunicação

Que projectos te entusiasmam neste momento?

Estou a iniciar uma projecto que tem como objectivo ajudar Profissionais Independentes a encontrar trabalho de qualidade nas suas áreas de especialização. É um projecto que será aberto a todos aqueles que comuniquem em inglês e que estejam baseados em Portugal com foco particular em pessoas coma mais experiência de vida e de trabalho. Por isso se chama 40plus. Acreditamos que existe um enorme potencial nas pessoas com mais experiência de vida e que são encaradas como “velhas” para o mercado de trabalho. Por isso queremos promover novas mentalidades e novas formas de trabalhar: dar a possibilidade a pessoas de colaborar com mais do que uma empresa ou organização é uma abordagem diferente e que pode ser benéfica tanto para o Profissional como para a organização; promover colaboração à distância, promover potencial de parcerias entre estes Profissionais. Criar um sentimento de pertença de modo a que as pessoas não se sintam sós ou isoladas. Por outro lado achamos que as novas tecnologias podem ajudar a ligar pessoas de forma mais imediata e abrangente. Queremos criar perfis profissionais que vão muito para além do anacrónico “currículo”. Queremos também ajudar as pessoas a promoverem sem complexos a sua “persona” profissional. Para já iremos actuar nas áreas de Marketing, Media e Gastronomia. No futuro queremos incorporar áreas como Contabilidade e Finanças, Procurement, Consultoria de RH, Engenharia, entre outras. Resumindo: a 40plus será um espaço de valorização de competências (chamamos-lhe “skill sets”) que resolvam problemas e acrescentem valor a empresas e organizações. Queremos tornar sexy a ideia de uma colaboração inter-geracional baseada em mérito, experiência e fiabilidade. Queremos contribuir para anular tabus anacrónicos como a ideia de que ter mais de 35 anos exclui uma pessoa do mercado de trabalho. E finalmente queremos que o resultado da nossa acção contribua para uma sociedade mais justa e próspera.

O que achas da “internacionalização” de Portugal?

Como tudo tem aspectos positivos e negativos. Prefiro focar-me nos positivos. Vivemos provavelmente o tempo mais internacional da nossa história a seguir aos Descobrimentos e isso só pode ser visto como um sinal de enorme inteligência colectiva. Como as pessoas, os países têm sucesso quando apostam nas suas forças e valorizam as suas qualidades, mesmo quando muitas
vezes não têm noção de que existem. E o que estamos a conseguir é voltar a ter orgulho no que somos, perder os complexos e abrir os braços ao Mundo e aos vários Mundos. Portugal volta a ser um espaço magnético para além da lusofonia, sem perder o seu sentido luso. Mas existem aspectos do funcionamento da nossa sociedade e economia que podem melhorar muito e por isso a vinda de pessoas de outras culturas dará certamente um contributo para amenizar alguns aspectos do “parolismo” luso como a pequena corrupção, a subserviência e a cultura do “sim Senhor Doutor”, a resistência à meritocracia, a não valorização do espaço público, entre outras. Mas o facto de termos uma enorme abertura de espírito ajuda-nos a criar as condições para atrair pessoas que podem trazer valor para o país. E não falo só de turistas. Refiro-me sobretudo a novos residentes sobretudo de países da Europa do norte que trazem hábitos de trabalho que nós sempre valorizamos mas que temos tido dificuldade em implementar. O facto de estarem cá a trabalhar, com negócios e envolvidos na actividade económica e social será, na minha opinião, um
factor muito positivo para o futuro do país.

O que entendes por “networking”?

Networking pode ser visto de 2 maneiras: o networking intuitivo que é feito de forma não programada no nossa vida profissional, familiar e social. Quando mais sociáveis somos, e quão mais à vontade somos nas relações inter-pessoais, mais fácil será o nosso networking, seja no café lá da rua, num cocktail de fim de tarde ou no clube de golf. Networking também exige interesse e disponibilidade para or outros: querer conhecer outras pessoas, outras experiências e outras realidades e estar disponível para ajudar. Por norma as pessoas não têm paciência para aqueles que só estão interessados em falar de si próprio. O networking feito de forma planeada e sistematizada é um fenómeno relativamente recente e tem crescido com a explosão das redes sociais. A grande rede profissional online é o LinkedIn. E tirar partido do LinkedIn – tanto para procurar emprego como trabalho independente – não é fácil nem tão pouco imediato. É necessário investir tempo e energia para ir gradualmente ganhando visibilidade e um audiência relevante. Confesso que tenho dificuldade em manter ritmo de participação no LinkedIn. Esta regularidade e persistência é muito importante para a criação do nosso espaço próprio nesta rede. Outro factor decisivo é a qualidade do que publicamos: conteúdos inútil e desinteressante podem ser contra-produtivos. Conteúdos que tenham relevância para a nossa audiência são, na minha opinião, a essência da estratégia de visibilidade e credibilidade no LinkedIn ou em qualquer outra plataforma.

Susana Miranda

Career Manager | Brand Advisor | HR Consultant

Tlm. +351 93 638 26 76 | www.susana-miranda.com | Linkedin Profile:  linkedin.com/in/sfmmiranda

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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