Tarifas americanas sobre México, Canadá e China já estão em vigor

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enterrou nesta segunda-feira as esperanças de um acordo de última hora com o Canadá e o México para evitar tarifas de importação punitivas, ao mesmo tempo em que assinou um decreto para aumentar impostos sobre a China.
Em fevereiro, Trump anunciou – e adiou – a imposição de tarifas abrangentes sobre as importações dos seus principais parceiros comerciais, acusando-os de não conseguirem controlar a imigração ilegal e o tráfico de drogas.
Na véspera do fim do prazo dado aos países vizinhos, Trump confirmou que as tarifas de 25% sobre produtos mexicanos e canadianos – e de 10% para a importação de energia do Canadá – entram em vigor nesta terça-feira, o que aumentou os temores de uma guerra comercial na América do Norte e gerou instabilidade nos mercados financeiros.
“Eles vão ter que ter a tarifa. O que eles têm que fazer é construir as suas fábricas de automóveis, francamente, e outras coisas nos Estados Unidos, e nesse caso não terão tarifas”, disse Trump na Casa Branca.
O presidente americano afirmou que não havia “nenhum espaço de sobra” para um acordo que pudesse evitar a imposição das tarifas através da contenção do fluxo de fentanil para os Estados Unidos – condição imposta por Washington para que as medidas pudessem ser evitadas.
Trump também afirmou que “tarifas recíprocas” entrariam em vigor em 2 de abril aos países que impuserem impostos sobre produtos dos EUA.
Os comentários do presidente fizeram as ações caírem rapidamente no mercado americano e, ao mesmo tempo, provocaram uma subida do dólar em relação ao peso mexicano e ao dólar canadense.
Empresários e economistas afirmam que a ação, que pode ter um impacto superior a 900 mil milhões de dólares em importações anuais dos EUA de seus vizinhos do sul e do norte, pode representar um sério revés para a altamente integrada economia norte-americana.