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Surto de covid-19 afeta exames na Escola Portuguesa de Macau

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A Escola Portuguesa de Macau (EPM) suspendeu a partir desta quinta-feira a realização dos exames nacionais por ordem das autoridades locais, na sequência de um novo surto de covid-19 no território, no qual foram detetados 110 casos.

“Por indicação da DSEDJ [Direção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude], tivemos que suspender a realização dos exames”, disse à Lusa o diretor da EPM, Manuel Machado.

Macau decretou no domingo o estado de prevenção imediata, na sequência do pior surto desde o início da pandemia, no qual foram detetados 110 novos casos.

O estabelecimento de matriz portuguesa encontrava-se “num regime de exceção a realizar os exames”, recordou o responsável, que, na segunda-feira, disse à Lusa que, apesar de as instituições educativas locais estarem encerradas, a EPM tinha recebido luz verde para realizar as provas desde que observasse um conjunto de regras de segurança.

“O agravar da situação pandémica e o surgimento de mais casos levou a DSEDJ a enviar esta diretriz para a escola portuguesa no sentido de suspendermos os exames para não pôr em risco a saúde dos alunos e assim o fizemos”, notou Manuel Machado.

Ao todo, indicou o responsável, cerca de 30 alunos do secundário e cinco do nono ano vão ser afetados por esta medida.

No que diz respeito às provas de acesso à universidade, a EPM já contactou o presidente do Júri Nacional de Exames, em Lisboa, tendo sido informada que “decorrendo a segunda fase [dos exames], os alunos poderão realizá-los”.

“Isto quer dizer que para estes alunos a segunda fase funciona como a primeira, portanto não há prejuízo para o acesso para o ensino superior”, salientou.

Além disso, para quem não contava encontrar-se em Macau na segunda fase de exames, as autoridades portuguesas garantiram que a realização das provas “está salvaguardada”.

“Os alunos que não estiverem cá aquando da segunda fase podem realizar o exame em Portugal, na área de residência”, completou.

Na quarta-feira, as autoridades da Educação locais anunciaram que o ano letivo escolar ia “acabar mais cedo” no território.

“As escolas têm a capacidade e possibilidade de utilizar formas de avaliação multidisciplinares, nomeadamente avaliando o desempenho do aluno ao longo do ano letivo ou até através de testes realizados ao longo do período”, explicou aos jornalistas Kong Chi Meng, diretor dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ).

Na sequência do novo surto, Macau declarou ainda a suspensão da atividade de todos os espaços de diversão e dos restaurantes, permitindo apenas o serviço de ‘takeaway’.

Encontra-se suspenso ainda o funcionamento de museus e de equipamentos sociais que prestam serviços diurnos (creches, centros de cuidados especiais e centros comunitários) e as visitas a lares de idosos.

Os serviços públicos também vão estar encerrados pelo menos até sexta-feira.

Esta manhã teve início a realização de mais um teste a toda a população, que vai decorrer até sexta-feira, ao longo de 39 horas. Esta é a segunda testagem geral à covid-19, depois de, no início da semana, cerca de 677 mil pessoas se terem deslocado aos 53 postos disponíveis para realizar um teste PCR.

Desde o início da pandemia, o território registou um total de 115 infeções, zero mortes e 254 assintomáticos.

À semelhança do interior da China, a região segue uma política de ‘zero casos’, em que os assintomáticos não entram para as contas oficiais do Governo, apesar de serem igualmente obrigados a cumprir as medidas de isolamento.

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