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Se conduz em França leia isto

Quem circula em França precisa a partir de agora de ter muito mais cuidado se exceder os limites de velocidade. Isto porque podem ser multados sem a presença de qualquer viatura policial ou radar “oficial” nas proximidades, devido à introdução dos carros privados com radares. Esta solução entrou agora numa fase de testes piloto, na Normandia, que antecede a expansão a todo o território gaulês em 2019. Estes automóveis são geridos por sociedades privadas, que ficam assim com total autonomia para atuar e seguir em busca dos que não cumpram a lei.

Estes automóveis de particulares funcionam com total autonomia em relação às forças da lei, e estão equipados com vários sensores e equipamentos para captar a velocidade, reconhecer a sinalização com os limites e também saber os máximos inscritos nos mapas rodoviários gauleses. Apresentando uma margem de erro de 10% em relação à velocidade registada, estes carros privados com radares conseguem gravar a matrícula dos prevaricadores e enviar essa informação diretamente para os serviços próprios. Depois é esperar que as autoridades atuem e autuem, enviando as multas para as pessoas apanhadas em excesso de velocidade.

Os carros privados com radares vão ter um importante papel. Atualmente as viaturas policiais com sistemas para medição de velocidade estão em ação aproximadamente 1H13min por dia, mas a estimativa é que estes particulares sejam capazes de “patrulhar” durante oito horas diariamente. De momento existem na Normandia 26 carros privados com radares, mas em 2019 devem ser já 450 a circular em toda a França, dos modelos Renault Mégane, Dacia Sandero Stepway, Peugeot 208 e 308 e Citroën Berlingo. E neste caso será apenas necessária uma pessoa a bordo, ao contrário dos veículos de polícia que necessitam de ter dois agentes.

Eles juntam-se na segurança rodoviária aos 383 carros das autoridades e mais de 3000 radares (de diversos tipos) utilizados para monitorizar a velocidade. Por trabalharem durante muito mais horas que os carros da polícia, e também pelo facto de serem irreconhecíveis para os outros automobilistas, é aguardado um imenso impacto na quantidade de coimas. Dos atuais dois milhões de multas passadas espera-se que o registo suba para 12 milhões de autos por excesso de velocidade. E isso pode representar uma receita adicional de dois milhões de euros para os cofres do estado francês.

A privatização da procura pelos que excedem os limites de velocidade levanta claramente algumas questões. O facto destas empresas poderem agir de forma autónoma levanta a possibilidade de existir alguma caça à multa, uma situação que está a preocupar os franceses. Por isso já 40 milhões subscreveram uma petição contra a o que definem como “uma máquina de fazer dinheiro” e pedindo a abolição desta medida por considerarem que os serviços das forças policiais não podem ser subcontratados.

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