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Remodelando

Assim numa primeira análise dá ideia que António Costa remodelou o seu Governo a reboque da demissão do Ministro da Defesa, Azeredo Lopes, ainda a soldo do caso Tancos. Mas Costa, ágil como sempre, tinha tudo na cabeça. Nem é verosímil que o fizesse estando em discussão o Orçamento de Estado, muito observado pelo Presidente da República.

O Primeiro Ministro pretende até mostrar estar atento, e, capciosamente, pensa já nas eleições, para apostar num executivo menos gasto, com o intuito de diluir daqui até lá memórias mais desagradáveis.

O PM mostra até irreverência ao manter o Ministro-Adjunto, Pedro Siza Vieira, conferindo-lhe mesmo assim uma pasta sensivelmente delicada como é a Economia, ainda com um assunto mal resolvido em mãos, mesmo que de lana caprina.

E mantendo Tiago Brandão Rodrigues na Educação, com o delicado dossiê dos professores, também em mãos.

Mostra ainda irreverência, ao remodelar ministros não em estado de graça, mas engraçados. Entre eles o feérico Adalberto Campos Fernandes sempre tão convencido do que diz.

Para Costa, que aceitou a demissão de Azeredo Lopes em “nome da estabilidade das Forças Armadas”, esta remodelação no Governo não é mais que a dinâmica e o reforço de políticas económicas e energéticas, vai dizendo.

Dizer, diz Rui Rio: “mais vale tarde do que nunca”. E di-lo, igual a si próprio, a fazer de conta que lidera a Oposição, a fazer de conta que tem “sentido de Estado”, como afirma que Azeredo Lopes teve ao pedir a demissão. Fá-lo para o seu Partido ver. E por isso quer saber se os ministros saem por vontade própria ou por decisão de Costa – aquilo que neste momento é mesmo fundamental!

Assunção Cristas diz que a remodelação é feita “por arrasto” e quem deve ser remodelado é o próprio António Costa, preocupada agora porque demitiu e antes, ela mesma, clamava à beça as demissões.
Para a senhora Cristas, com toda a legitimidade, quem reúne todas as condições para governar é ela mesma, como só pode ser.

As esquerdas radicais, as esquerdas encostadas, coitadas: dizem poucochinho, para não fazerem muitas ondas, para não causticar o Governo num sinal de pretender continuar encostadas ao PS.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

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