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Quatro anos desde o meu AVC

© DR

Passaram quatro anos a contar do dia em que tive um AVC, que surgiu do nada e marcou a minha vida. Eu não estou a contar aniversários do AVC, geralmente nesse dia nem me lembro, e sei o dia porque tinham passados dois dias após o aniversário da minha mãe.

A única causa do AVC, foi stress profissional e um desleixo absoluto com a medicação receitada, na perspectiva que seria imortal e nada me abalaria. Não vos vou maçar os pormenores mas estive 48 horas às portas da morte sem sequer desconfiar, amigos reuniram-se por zoom para chorar a minha desgraça e destino, mas depois estive 10 dias deitado numa cama, sem saber se podia voltar a caminhar de forma normal, ou mesmo a andar, e quais seriam os danos cognitivos. Acercavam-me preocupações, no início preocupado com umas gambas que tinha colocado a descongelar antes do incidente, e depois se conseguiria escapar a ter que depender dos outros para ir à casa de banho.

Estávamos em regime pandémico, não podia receber visitas nem eu o desejava, e só uns dias depois do AVC, é que me foi permito falar com a Ana ao telefone, que até então, não podia falar para não me emocionar.

Enfim, cá estou e na verdade tive muita sorte.

Neste aspecto sou um exemplo, ao contrário do deixar de fumar, e só vos digo que não se stressem muito porque pode dar mau resultado e nem todos têm a sorte que eu tive.

E é isto.

Pedro Guimarães

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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