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Prostituta e com muita honra

Jovens prostitutas na Austrália resolveram declarar abertamente a sua profissão nas redes sociais, na tentativa de desmistificar noções preconcebidas.

“Estudante universitária. Aspirante a advogada. Ativista. Filha, irmã, profissional do sexo. Não preciso de ser resgatada.” Comentários assim estão sendo postados por centenas de prostitutas australianas a respeito de si mesmas, usando o hashtag #facesofprostitution (rostos da prostituição, em português).

A iniciativa começou no domingo, no Instagram, pela estudante de história e “escort girl” Tilly Lawless, de 21 anos. Era uma resposta a um texto de um blogue, republicado na semana passada pela popular revista feminina online Mamamia.

O blog foi escrito para marcar o 25º aniversário do filme “Pretty Woman” (em que a prostituta interpretada por Julia Roberts e seu “príncipe encantado” se apaixonam) e argumentava que a realidade de profissionais do sexo é muito mais dura do que a apresentada no cinema.

Tilly Lawless criticou a forma como o texto “generalizava os profissionais do sexo” e “retratava toda a prostituição como danosa”. Ela trabalha como prostituta há dois anos, mas apenas começou a identificar-se publicamente como tal dois meses atrás em Sydney, onde a prostituição é legal.

Ela decidiu postar uma foto de si própria na sua conta no Instagram para mostrar uma outra face da prostituição – a de uma jovem que diz ter feito uma escolha informada para se tornar uma profissional do sexo – como um protesto contra o blogue.

Pouco depois, Tilly foi contactada pela Associação Australiana de Profissionais do Sexo, que perguntou se ela poderia postar o hashtag também no Twitter. E daí o movimento começou: centenas de jovens (na sua maioria mulheres e australianas) prostitutas postaram imagens mostrando os seus rostos ao mundo.

Para muitas delas, era a primeira vez que se assumiam publicamente, nas redes sociais, como prostitutas.

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