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Portugal também não acredita nas eleições russas

© Lusa

O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou que o aconteceu na Rússia e nos territórios ucranianos ocupados no último fim de semana “não tem dignidade” para ser chamado de eleições e rejeitou que o Presidente, Vladimir Putin, saia reforçado.

“Nós não devemos dignificar este acontecimento com o nome de ‘eleições’. Eleições aconteceram em Portugal no dia 10 de março, acontecem nos países democráticos, aquilo que aconteceu na Rússia não tem a dignidade para merecer esse nome”, disse João Gomes Cravinho no final de uma reunião em Bruxelas, a última enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros português.

O governante criticou “o paradoxo das ditaduras”, que têm “necessidade de procurar legitimarem-se internacionalmente e internamente através de exercícios de farsa” que “não têm nenhum tipo de credibilidade”.

João Gomes Cravinho considerou que há um “aspeto acrescentado de ilegalidade nas províncias ucranianas onde as autoridades russas ocupantes realizaram” as ditas eleições, rejeitando que se deva reconhecê-las e que “o mesmo se aplica à Transnístria e as regiões ocupadas na Geórgia”.

“Se [Vladimir] Putin tivesse demonstrado que era capaz de se bater de igual para igual […], talvez merecesse essa ideia de sair mais forte, mas um ditador que precisa de eliminar os seus rivais para ganhar eleições não creio que se possa considerar que sai mais forte”, completou.

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