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Portugal quer levar adidos da Segurança Social à comunidade dos Estados Unidos

© Lusa

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, garantiu esta semana à agência Lusa que a comunidade portuguesa nos Estados Unidos da América vai passar a contar com o apoio de adidos da Segurança Social. A decisão passa por implementar junto de consulados e embaixadas uma iniciativa já em vigor na Europa.

Numa sessão de informação sobre o programa Regressar, em Nova Iorque, na terça-feira, Ana Mendes Godinho reuniu-se com cerca de 20 membros da comunidade portuguesa na região e apresentou os apoios e benefícios – fiscais, sociais, educativos, entre outros – que emigrantes que desejem regressar a Portugal podem usufruir.

“É a primeira vez que estamos a fazer a divulgação do programa Regressar nos Estados Unidos. Temo-lo feito noutros países, essencialmente europeus, e procuramos fazê-lo agora também junto de outras comunidades portuguesas pelo mundo. Cerca de 15.680 famílias já foram abrangidas pelo programa”, disse a ministra, fazendo um ponto geral da situação.

Enquanto a Suíça, a França e o Reino Unido são, respetivamente, os países de onde mais portugueses saíram para regressar a Portugal através do programa, nos Estados Unidos da América (EUA) apenas 68 pessoas optaram por essa via, pelo que o Governo português decidiu insistir na divulgação do programa junto dessas comunidades.

“Claramente que aqui [EUA] sentimos que há uma necessidade imensa de ter informação, porque a distância agrava. Na segunda-feira, num encontro com a comunidade em Newark, identificámos a necessidade de expandirmos para os Estados Unidos um modelo que começámos na Europa, que é ter adidos dedicados à Segurança Social e ao Trabalho junto dos consulados e das embaixadas”, disse.

“Nós já temos cinco adidos na Europa e a nossa vontade é passar a ter também um adido dedicado às questões da Segurança Social nos Estados Unidos”, reforçou Ana Mendes Godinho.

A governante admitiu que muitos dos portugueses com quem se cruzou desconheciam totalmente o programa, e que os interesses variam conforme a faixa etária, com a população mais envelhecida a querer regressar para o período da reforma e os mais jovens a procurarem Portugal para terem ou criarem os seus filhos.

Ao longo da sessão, a ministra foi questionada pelos vários membros das comunidades acerca de especificidades do programa.

Apesar de ter comunicado a existência de benefícios fiscais ao longo de cinco anos para quem regresse a Portugal, alguns membros das comunidades ficaram reticentes em relação à falta de continuidade dos incentivos assim que o período findar, avaliando que pode resultar numa nova vaga de emigração.

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