Poesia da minha juventude
Escrita em ardósia e sebenta
Sem métrica mas com atitude
Dizia eu, ai sai ou arrebenta .
Atravessei vinhas serras e vales
Ouvi sons apelos e li rimas
Bebo poesia para curar meus males
E presenteio poesia a primos e primas
Ela é bálsamo, cura algumas cicatrizes
Teu um corpo fresco e maculado
Teu ouvidos, mas não escutam o que dizes
Ela tem meu apoio, estou sempre ao seu lado
Seu silêncio inspira muita tranquilidade
Sua inspiração da um poema certo
Que leio com prazer e amizade
Seus pés percorrem um caminho aberto
E quando o poema fresco sai da fornada
Bem aprimorada então o leio e releio
E como uma esposa muito amada
O bebo depois de acariciar-lhe o seio.
José Valgode