De que está à procura ?

Mundo

Papa pede resposta conjunta à pandemia: “ninguém se salva sozinho”

O Papa reforçou esta terça-feira em Roma os seus apelos a uma resposta conjunta à pandemia de covid-19, considerando que a comunidade mundial “viaja no mesmo barco” e ninguém pode “salvar-se sozinho”.

“Só nos salvamos juntos, encontrando-nos, negociando, desistindo de combater-nos, reconciliando-nos, moderando a linguagem da política e da propaganda, desenvolvendo percursos concretos para a paz”, disse, durante uma cerimónia pelas vítimas da pandemia, que reuniu líderes religiosos e políticos no Capitólio, centro de Roma, iniciativa promovida pela comunidade católica de Santo Egídio.

Numa intervenção transmitida online, Francisco evocou situações de conflitos, terrorismo ou radicalismo, “às vezes em nome da religião”, bem como “os passos frutuosos no diálogo entre as religiões”.

“Os crentes compreenderam que a diversidade de religião não justifica a indiferença nem a inimizade. Antes pelo contrário, a partir da fé religiosa, é possível tornar-se artesãos de paz e não espectadores inertes do mal da guerra e do ódio”, observou.

O Papa defendeu a necessidade de terminar todas as guerras, “agravadas também pela pandemia do coronavírus e pela impossibilidade, em muitos países, de se ter acesso aos tratamentos necessários. Por fim à guerra é dever inadiável de todos os responsáveis políticos perante Deus. A paz é a prioridade de qualquer política. Deus pedirá contas a quem não procurou a paz ou fomentou as tensões e os conflitos, de todos os dias, meses, anos de guerra que assolaram os povos”.

Numa cerimónia em que vários dos participantes citaram a nova encíclica ‘Fratelli Tutti’, o próprio Francisco voltou ao texto publicado a 4 de outubro, para sublinhar que “a fraternidade, que brota da consciência de ser uma única humanidade, deve penetrar na vida dos povos, nas comunidades, no íntimo dos governantes”.

“Estamos juntos, nesta tarde, como pessoas de diferentes tradições religiosas, para comunicar uma mensagem de paz. Isto mostra claramente que as religiões não querem a guerra; pelo contrário, desmentem quem sacraliza a violência, pedem a todos que rezem pela reconciliação e atuem para que a fraternidade abra novas sendas de esperança”, indicou o Papa.

“Com a ajuda de Deus, é possível construir um mundo de paz e, assim, irmãos e irmãs, salvarmo-nos juntos”, concluiu.

 

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA