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O Metrobus de Coimbra

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Finalmente, o Metrobus está dentro da cidade, que é o que está a dar mais dores de cabeça a todos. O actual Executivo da CM Coimbra herdou uma situação e na verdade, a câmara apenas é responsável por 14% das acções da empresa. Certamente mandarão pouco nas obras, acharão que poderem lavar as mãos como fez Pilatos para o que corre pior, mas estarão dispostos a colher os louros nas inaugurações e festas derivadas do Metrobus. Se houver algo bonito para mostrar em 2025, ano de eleições autárquicas, calhará quem nem ginjas e talvez a reeleição esteja assegurada.

A mim pareceu-me que o Executivo estava convencido que em 2024 o Metrobus já estaria a funcionar numa pequena parte da malha urbana da cidade. Seria necessário avançar em força em todo lado, imagino eu. Deram licença para o máximo de obras, pouco se importando com os transtornos causado por que o interesse público era mais importante, ou seja, com insensibilidade cívica. Só que muita gente não pensou dessa maneira, e logicamente há protestos como o meu e de muitas outras pessoas e sem dúvida que é tema de conversa nos cafés e tertúlias.

Depois sucedeu algo que o executivo deveria saber, e tem técnicos suficientes e com competência para informar: falta mão-de-obra, e isso é gritante quando passamos por qualquer uma delas. Para agravar, a mão-de-obra que mais falta é a de técnicos especializados, especialmente operadores de máquinas. Nunca se deveria ter avançado assim, deixar estar meia cidade em pantanas.

Eu não duvido que a Câmara e o seu edil querem o melhor para o concelho, que se esforçam mas há que saber admitir que cometeram o erro de sobrevalorizar a capacidade técnica e humana existente, não duvido que as empresas e pessoas envolvidas estão a dar o seu melhor mas não conseguem mais.

Devo dizer que embora o comboio, Metro ou Metrobus sejam essenciais para a legação dos três concelhos envolvidos (Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra), não consigo ver qualquer interesse num Metrobus dentro da cidade, mas admito perfeitamente que eu possa estar errado, e portanto dou o benefício da dúvida.

Pedro Guimarães

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