De que está à procura ?

Colunistas

O cravo ou a papoula…

Estes dias em que o cravo é povo lembra-me uma malandrisse que em pequenitito fiz.

Com a minha pequena mão, através do buraco de rede vizinha, surripiei um cravito de um esconso canteiro de flores, que acabou por vir amachucado.

Hoje recordo isto, porque não sendo eu exuberante, não me lembro bem o que pretendia fazer com o cravito pelo 25 de Abril.

Será que eu ia a alguma das concentrações que na época todas as terrinhas faziam? Não me lembro!

Mais curioso acho ainda, como é que eu, que não fui ensinado a pegar em coisa alheia, fui procurar aquela flor! Sei que deve ter sido o espírito de Abril que se começava a semear em mim atravéz daquele cravinho.

Quanto rapazola e homem, já, se participava em algum evento esquivava-me a extras. Como até às fotografias.

Mas há uma dezena de anos, duma palestra em que participei numa escola local, ofereceram-me um cravo em papel. Guardei-o e passei alguns anos pelo 25 de Abril a colocá-lo no tablier do carro.

Na altura iam oferecer-me a flor em amarelo. Mas pedi vermelho e teve algumas vezes esta utilidade anual.

Gosto tanto de papoilas, que não fosse adulterar o sentido do cravo vermelho, elegia-as para representar Abril. Embora entenda que até calhou bem a senhora D. Celeste Caeiro, das flores na manhã daquele dia em 1974, trouxesse os cravos. Uma flor forte e resistente como se quer as coisas.

E como na altura aconteceu. Mas não medrou muito.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA