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Mísseis britânicos a caminho da Ucrânia

© DR

O Reino Unido vai tornar-se o primeiro país a fornecer mísseis de longo alcance à Ucrânia, os Storm Shadow, anunciou o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace.

Os mísseis de cruzeiro Storm Shadow têm um alcance superior a 250 quilómetros, mais do que qualquer outra arma fornecida a Kiev pelos países ocidentais para ajudar no esforço de resistência contra a invasão russa.

“A doação desses sistemas de armas dá à Ucrânia a melhor hipótese de se defender contra a brutalidade da Rússia”, acrescentou Ben Wallace, explicando que estes mísseis “permitirão à Ucrânia repelir as forças russas baseadas no território soberano da Ucrânia”.

O ministro não esclareceu se impôs alguma limitação ao uso destes mísseis.

Em fevereiro, o primeiro-ministro britânico, Rushi Sunak, tinha prometido que o Reino Unido seria o primeiro país a fornecer à Ucrânia armas de longo alcance, o que agora se cumpriu.

Com o seu longo alcance, estes mísseis têm a capacidade de atingir áreas no leste da Ucrânia controladas por forças russas, incluindo a península da Crimeia ocupada pela Rússia em 2014.

O míssil Storm Shadow, que está a ser desenvolvido em conjunto pelo Reino Unido e pela França, é lançado a partir do ar.

Estes mísseis poderão atuar juntamente com os mísseis GLSDB, que foram prometidos pelos Estados Unidos em fevereiro.

A Ucrânia considera este tipo de armas, com alcance de até 150 quilómetros, cruciais para lançar a sua próxima contra-ofensiva e ameaçar as posições russas atrás das linhas de frente.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu – numa entrevista transmitida hoje pela estação televisiva britânica BBC – que o seu exército ainda precisa de tempo para se preparar para esta contra-ofensiva destinada a repelir as forças russas.

“Com o que temos, poderíamos já seguir em frente e ter sucesso. Mas perderíamos muitas pessoas. Acho isso inaceitável. Portanto, temos de esperar. Ainda precisamos de um pouco mais de tempo”, confessou Zelensky.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 441.º dia, 8.791 civis mortos e 14.815 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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