Luso-francês Lionel Cecílio encerra em Paris espetáculo que celebra Abril

O lusodescendente Lionel Cecílio apresenta-se no sábado no Théâtre des Gemeaux Parisiens, em Paris, na última data do seu espetáculo “La fleur au fusil”, para celebrar os 50 anos do 25 de Abril de 1974.
O espetáculo ‘one man show’ da companhia de teatro Le Grenier de Babouchka, para “celebrar o 50.º aniversário da Revolução dos Cravos em Portugal”, conta “a história de uma democracia conquistada pela união de um povo e conquistada com flores” através das perguntas de um neto a Celeste, uma emigrante portuguesa em França.
A peça “evoca memórias da sua juventude, amordaçada pela ditadura de Salazar, da sua chegada a França através da perigosa clandestinidade, das suas noites geladas debaixo de telhados de ferro ondulado no ‘bidonville’ de Champigny-sur-Marne, do seu caso de amor com o Zé, do seu irmão Chico, da Resistência, dos cravos que bloqueavam os canhões, da liberdade reconquistada e deste percurso de vida caótico e agitado a que faltou tudo… mas nunca o amor”, refere um comunicado.
A peça criada em 2024 com a realização de Jean-Philippe Daguerre tem a duração de uma hora e 15 minutos e encerra as quatro datas no teatro parisiense que começou a 03 de maio, terminando em 23 de maio com um espetáculo com início marcado para as 19:00 horas locais (18:00 em Lisboa).
Anteriormente, “La fleur au fusil” esteve no Théâtre des Brunes, em Avignon (sul de França), entre 03 e 21 de julho de 2024.
Lionel Cecílio, que tem raízes familiares em Loulé e em Porto de Mós, fez sucesso em França com a peça “Voyage dans les Mémoires d’un Fou” (“Viagem às memórias de um louco”) em 2017.
O artista, que frequentou a escola de teatro Enfants Terribles, em Paris – onde também estudou a atriz francesa Léa Seydoux – foi considerado “Jeune Talent Cannes Adami”, no Festival de Cannes 2011, com o filme “Scène de Vestiaire”, de Frédéric Malègue.
Na sua filmografia constam, por exemplo, “Les Heritiers” (2014) de Marie-Castille Mention-Schaar, que contou com uma nomeação para os prémios de cinema César, “Le Bonheur des Duprè” (2011), de Bruno Chiche, as séries “Le Transporteur”, produzida por Luc Besson, “Chers Voisins” e “Scènes de Ménages”, aparecendo também numa cena do filme “A Gaiola Dourada” (2012), de Ruben Alves.
