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Jeep Renegade Limited 1.0 Turbo: um soldado cumpridor

O aspeto exterior do Jeep Renegade agrada à primeira vista, pois tem um estilo “retro” que herda alguns elementos do icónico Jeep Willys, que é provavelmente um dos melhores todo-o-terreno que o mundo já viu.

O aspeto mais quadrado foge às linhas de design da concorrência, mais redonda e engomada, o que faz com que o Jeep Renegade seja o centro das atenções e desperte alguma curiosidade por onde passa.

As linhas são semelhantes à de um “tijolo” e dizem-nos que a Jeep não se preocupou muito com a aerodinâmica, havendo espaço para dar asas à imaginação e criatividade, de onde nasce este estilo, único, inconfundível e irreverente.

O formato quadrado da carroçaria volta a acumular pontos por proporcionar boa acessibilidade e habitabilidade. Viaja-se à vontade nos lugares dianteiros e traseiros, com espaço para a cabeça para dar e vender.

A bagageira tem 351 litros de capacidade que se estendem aos 1297 com o rebatimento dos assentos traseiros. No que toca ao interior temos uma qualidade percebida de materiais bastante agradável, com plásticos moles colocados acima da cintura, cobrindo todo o tabliê e parte da consola central.

O design interior do Jeep Renegade condiz com o aspeto exterior: é despreocupado, intuitivo e recheado de pormenores.

No que toca ao conforto este está presente em qualquer lugar do Jeep Renegade, há apoio lombar q.b e apoio para as pernas q.b, a posição dos assentos é confortável, permitindo viagens pouco cansativas em parte também devido à suspensão mais condescendente.

No equipamento interior temos um sistema de navegação e multimédia UConnect de última geração num ecrã de 8,4 polegadas, temos ar condicionado automático de dupla-zona, volante multi-funções, sensores de chuva e luminosidade, câmara de ajuda ao estacionamento traseiro, entradas USB, AUX e de 12 volts, entrada USB para os lugares traseiros, retrovisores com recolha elétrica, controlo por voz, cruise-control adaptativo, limitador de velocidade, tejadilho panorâmico de dimensões generosas, assento do condutor com regulação elétrica, painel de instrumentos com computador de bordo em ecrã TFT de dimensões generosas, sistema de som premium Beats com 9 altifalantes, botão Start da ignição, retrovisor interior com escurecimento automático, entre outros.

O sistema de navegação é intuitivo, tem boa imagem e é rápido. Tem uma navegação eficiente, uma loja online que permite descarregar várias aplicações e como é quase “obrigatório” neste tipo de sistemas está preparado para o Android Auto e Apple CarPlay.

Seria também de esperar que um automóvel de uma marca tão focada no todo-o-terreno tivesse também no sistema de navegação e multimédia, uma aplicação relacionada com o “fora de estrada” e tem mesmo. O “Jeep Skills” mostra-nos a aceleração e inclinação do veiculo, assim como a carga da bateria e outras utilidades, apesar desta ser a versão de tração dianteira. Na versão Trailhawk conseguimos ainda mais informações desta aplicação.

No painel de instrumentos o computador de bordo é extremamente completo e fornece as informações num ecrã de dimensões generosas com uma excelente imagem. No computador de bordo, temos os dados da viagem, consumo, pressão dos pneus, sistema de transposição involuntária de faixa, velocidade e multimédia.

A posição de condução do Jeep Renegade é alta e confortável, oferece confiança e faz-nos sentir que estamos dentro de um verdadeiro todo-o-terreno, onde conseguimos ver parte do capô, em parte devido mais uma vez ao seu design mais retro com capô direito.

No que toca ao comportamento o Jeep Renegade surpreende pela positiva. Tem uma direção direta, um bom chassi e suspensões condescendentes que não prejudicam o comportamento em estrada, mas que ajudam no fora de estrada, através de uma boa filtragem de irregularidades e de melhoria na tração, que também se vê melhorada devido aos pneus específicos para SUV que equipavam esta versão.

Debaixo do capô estava o novo motor um litro turbo de três cilindros com 120cv de potência às 5750rpm e 190Nm de binário às 1750rpm. Este motor sente-se algumas vezes “curto” para o Jeep Renegade, contudo, basta subir as rotações para que este se torne mais enérgico, claro que quando subimos as rotações, os consumos sobem para valores quase “assustadores” de 9 litros a cada 100 kms. Com ritmos normais em percursos mistos com e sem trânsito as médias rondaram os 8,2 litros a cada 100 kms, o que ainda assim é elevado. Se por um lado a estética é uma mais valia, por outro lado, o seu estilo retro prejudica-o em termos de aerodinâmica, algo que acaba por ter um impacto algo negativo no consumo de combustível, isto se não falarmos também do peso de 1320 quilos.

No que toca a prestações temos uma aceleração dos 0 aos 100km/h em 11,2 segundos e uma velocidade máxima de 185 kms/h. Estes números estão ao nível do segmento.

No fora de estrada o Jeep Renegade mostra-se competente, apesar do motor ser algo “curto” para uma carroçaria tão pouco aerodinâmica e pesada, as afinações de chassi e suspensão fazem com que o Jeep Renegade seja sem dúvida dos melhores em fora de estrada da sua classe. Tentámos realizar subidas algo íngremes com o Jeep Renegade com esta motorização e este mostrou perder pouca tração e não “desistir” à primeira dificuldade. No que toca ao ângulo de ataque temos 18.6 graus, ângulo de saída 21.2 graus e ângulo ventral de 14.4 graus.

No campo da segurança o Jeep Renegade estava equipado com aviso de transposição involuntária de faixa com correção de volante, aviso de ângulo morto, ajuda ao arranque em subida, monitorização da pressão dos pneus, luzes de máximos automáticas, estacionamento semi-autónomo, alerta de colisão frontal, mitigação eletrónica de capotamento, estabilizador de reboque, entre outros. O SUV compacto da Jeep obteve nos testes Euro NCAP as 5 estrelas em 2014 onde conseguiu 87% na proteção dos adultos, 85% na proteção das crianças, 65% na proteção de peões e 74% nas ajudas à condução.

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