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Grita, mulher!

Calei-me
Silenciei-me
Não me apetecia gritar
É, não quis
E os dias passaram
O confinamento continuou
Vi o absurdo
Caminhei ao lado da estupidez
Mantive o meu silêncio
Porque era assim que me sentia
Senti o silêncio em mim
Senti cada parte do meu corpo a reviver
Tornei-me em mim mesma
Essa da meditação
Essa da alegria de viver
Uma mulher que ama a vida
Uma mãe mais serena
Uma amante ausente e omnipresente
A maturidade surgiu
Cresci de repente
Agarrei cada pedaço de vida em mim
Tornei-me raíz do meu planeta Terra
Deixei de querer festejar datas
Dias disto e dias de aquilo
Como? É o dia da mãe? Sim, e?
Sou de celebrar a vida
Sempre e todos os dias
É, assim sou eu
Onde muitos só viram o fim do mundo
E a burrice humana
Eu vi um novo começo
Renasci na fénix que sou
Sinto-me mais viva que ontem
E aqui no meu canto observo
E o prelúdio de muitos gritos meus surgem
É… grita, mulher!

BV060520

 

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