FIFA: Portugal lidera contratações de jogadores estrangeiros
Os clubes portugueses foram os que efetuaram maior número de contratações internacionais de futebolistas profissionais em 2022, num total de 901, segundo um estudo divulgado recentemente pela FIFA.
O relatório global de transferências revela um aumento de 11,6% face a 2021, para um total de 20.209 transações internacionais, mostrando Portugal como o quinto país que mais dinheiro recebeu, com 532,6 milhões de euros (ME), valor convertido de dólares ao câmbio de hoje, e o nono que mais pagou, com 160,5 ME.
“Pela primeira vez, os clubes portugueses efetuaram mais contratações do que qualquer outra associação, com um total de 901 durante 2022. O Brasil, em contrapartida, foi o que transferiu mais para fora do país, com um total de 998”, indica o estudo da FIFA.
O Brasil ‘enviou’ 338 jogadores para Portugal, o maior fluxo de transferências entre dois países, bastante superior ao segundo mais volumoso, em sentido inverso (de Portugal para o Brasil), num total de 166, que ajudou a fazer dos clubes nacionais os quartos principais ‘exportadores’, com 677 atletas, apenas atrás de brasileiros (998), ingleses (836) e espanhóis (778).
Aqueles números não têm reflexo proporcional no encaixe financeiro, uma vez que Portugal é o quinto país que mais dinheiro recebeu, atrás de França (681,2 ME), Alemanha (588,2 ME), Itália (568,6 ME) e Inglaterra (552,7 ME), apesar de contar com duas transferências entre as 10 mais valiosas.
A contratação do uruguaio Darwin Nuñez pelo Liverpool rendeu ao Benfica 75 ME (podendo atingir 100 ME) e apenas foi superada na mudança do francês Tchouaméni do Mónaco para o Real Madrid (80 ME, podendo atingir 100 ME), enquanto o colombiano Luis Díaz, transferido do FC Porto para o Liverpool por 45 ME (podendo atingir 60 ME), protagonizou o nono negócio mais volumoso.
O ‘top 10’ das transferências movimentou 12,5% do valor global despendido no ano passado e seis delas foram protagonizadas por clube ingleses, contribuindo para colocar os clubes deste país na liderança destacada dos que mais investiram no reforço dos plantéis, com 2.024,3 ME gastos.
Seguiu-se a Itália, com 619,7 ME, e a Espanha, com 545,1 ME, enquanto Portugal ficou no nono lugar desta classificação, com 160,5 ME, num período em que foram movimentados 6.000 ME, mais 33,5% do que em 2021, mas ainda longe do recorde de 2019 (7.350 ME), último ano antes da pandemia.