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EUA: startup portuguesa recebe investimento de três milhões de euros

Uma ‘startup’ criada por dois portugueses para incentivar o consumo diário de vegetais e frutas através de saquetas em pó anunciou ter recebido um investimento de três milhões de euros.

O dinheiro servirá para financiar a transformação das saquetas que contêm os batidos em pó de apenas recicláveis para compostáveis, disse à Lusa Ricardo Vice Santos, cofundador e diretor de negócio da ‘startup’ kencko, que criou em conjunto com Tomás Froes.

“Não queríamos criar mais plástico e depois de recebermos este investimento queremos investir em compostáveis”, explicou o executivo, que segue uma alimentação vegana e disse que a sustentabilidade é uma paixão sua. O aumento dos custos de produção das saquetas, que passarão a ser feitas com celulose, será assim absorvido pela empresa.

Entre as entidades que lideram a ronda de investimento (3,4 milhões de dólares) estão a NextView Ventures, a LocalGlobe, a Kairos Ventures, a Techstars, a Max Ventures e vários executivos da gigante alimentar Danone.

A empresa foi fundada em 2018 com sede em Nova Iorque e escritório em Lisboa, onde está grande parte da equipa de desenvolvimento do produto, sendo que a empresa tem neste momento 20 funcionários.

A kencko utiliza um método similar à tecnologia que permite à NASA enviar alimentos para o espaço, congelando e desidratando vegetais e frutas biológicas sem perda de nutrientes nem necessidade de aditivos. Os sabores incluem cinco ou seis ingredientes, como o “Coral”, que tem beterraba, maçã, cenoura, laranja, manga e gengibre, e o consumidor pode juntar água ou leite.

“A missão é ajudar as pessoas a terem uma nutrição melhor”, resumiu Ricardo Vice Santos, que foi o responsável pela expansão internacional do Spotify entre 2011 e 2014 e depois fundou a Roger Talk nos Estados Unidos.

O modelo de negócio da kencko baseia-se em subscrições online, sendo o ideal a entrega de caixas de 20 saquetas a cada 4 semanas por 60 dólares. O consumidor pode optar por outra periodicidade e a primeira caixa inclui uma garrafa reutilizável para beber os batidos.

Ricardo Vice Santos disse que a empresa alcançou “milhares de subscritores” antes mesmo de fazer esforços de marketing, tendo estado mais focada no desenvolvimento do produto e na construção da experiência.

Com vegetais e frutas vindos de várias partes do mundo, o embalamento é feito na Alemanha e as caixas de cartão são produzidas em Portugal, de onde seguem para os Estados Unidos.

O responsável frisou que Califórnia e Nova Iorque são mercados bastante interessantes, mas não os únicos onde a proposta da empresa pode ter sucesso. “Há outros sítios mais contra-intuitivos onde temos notado bastante aderência, com baixo custo de aquisição porque há menos ofertas deste tipo”, explicou, nomeando Texas e Flórida como dois estados onde a kencko está a vender bem.

Illinois e Nebraska são outros exemplos: “não há tanta gente com capital disponível mas como há menos oferta nestes mercados e a kencko entrega em todo o lado, temos bastante interesse porque há pouca gente a ir atrás destas audiências”.

A ideia para as saquetas da kencko surgiu quando o cofundador Tomás Froes foi diagnosticado com gastrite aguda e descobriu que uma dieta baseada em frutas e vegetais permitia substituir os medicamentos. A necessidade de uma solução conveniente para consumir a dose diária de frutas e vegetais levou-o à ideia da nutrição saudável em pó.

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