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Estabilizar para recuperar

O programa de estabilização económica e social visa apoiar uma parte do esforço, ainda duradouro, das famílias, das empresas e das instituições num período de transição entre a fase da emergência e a fase da recuperação das condições de saúde pública e o reinício da recuperação económica, bem como das condições de vida social.

O Orçamento suplementar, hoje apreciado em sede parlamentar, garantirá as condições para a sua execução. E poderá ser mais um importante sinal político da ampla convergência partidária para o esforço nacional de combate à crise. O programa, para o qual puderam contribuir as diferentes forças políticas, económicas e sociais, num método de grande abertura e diálogo entre o Governo e as oposições, apresenta quatro eixos fundamentais: a manutenção do emprego e a retoma progressiva da atividade económica; o reforço das políticas sociais; o apoio às empresas e um eixo destinado a dar maior eficácia e eficiência às instituições.

O esforço de convergência política, que pressupõe o saudável escrutínio democrático das escolhas do Executivo, é essencial para enfrentar a crise económica e social expectável até ao início do ciclo de recuperação. A Comissão Europeia prevê uma quebra na atividade económica mundial que andará na ordem dos 3.5% e na zona euro uma retração do PIB de 7.7%. O PIB em Portugal poderá cair 6.9% e o emprego 3.9%. Contudo, as previsões para 2021 apontam para uma recuperação com um crescimento de 4.3%, com evolução positiva da procura interna e externa, e estimando-se um crescimento das exportações de 8.4%.

Ou seja, o sentido de responsabilidade individual e coletivo em termos de saúde pública, conjugado com o forte compromisso de cooperação entre as forças políticas, económicas e sociais, permite encarar o futuro com um prudente otimismo.

 

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