O sufrágio devia ter acontecido em maio mas foi adiado para 28 de junho por causa da emergência sanitária do coronavírus na Polónia.As sondagens sugerem que os opositores da Plataforma Cívica beneficiaram do adiamento, mesmo depois de inesperadamente terem mudado de candidato a meio da campanha. O candidato Rafał Trzaskowski é presidente da Câmara de Varsóvia. “Será uma presidência forte e independente se vencermos. E ao ver esta mobilização, acho que ganhamos!”, declarou no meio de uma ação de campanha.
De forma a conseguir colocar o nome de Trzaskowski no boletim de voto à última da hora, a Plataforma Cívica teve de recolher 100 mil assinaturas no espaço de uma semana.
Outros partidos têm algumas preocupações. “Esperamos que as eleições decorram de uma forma democrática e universal, que todos os que querem votar tenham essa oportunidade, especialmente os expatriados. Em maio estavam impedidos de o fazer”, explicou à Euronews, Jerzy Meysztowicz, do Partido Moderno.
Sobre os resultados, o analista Bartosz Brzyski, do Clube Jaguelónico diz que “é difícil prever o resultado porque o presidente em exercício parece estar em queda e o principal opositor, Rafał Trzaskowski, que se encontra no pico de uma onda de entusiasmo, ao juntar-se à corrida presidencial no último minuto, continua em ascensão.”
Os estudos de opinião mostram quem são os favoritos na primeira volta.
- Andrzej Duda : 43%
- Rafal Trzaskowski : 26%
- Szymon Holownia: 12%
Uma segunda volta está agendada para meados de julho. É estimada uma grande afluência. O presidente em exercício, Andrzej Duda, é o principal favorito.
“Estou na corrida porque não quero que nos façam retroceder 5 anos. Estou na corrida para impedir quem quer que seja que pretenda barrar o desenvolvimento e que provoque conflitos e discussões, declara Andrzej Duda, num comício.
De direita, contra o aborto, eutanásia ou casamento homossexual, Władysław Kosiniak-Kamysz concorre pelo Partido Popular Polaco. “A questão é: ainda queremos esta guerra de polacos contra polacos? Aqueles dois lados apenas afinam os machados de guerra, de campanha em campanha? Um dia dizem «vamos todos unidos», de seguida declaram: «vamos massacrar aqueles lobos!» O cenário é esse e a questão é saber se os polacos querem continuar a ter uma Polónia assim”, argumenta.