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Dois portugueses de França desfilaram diante dos seus dois presidentes

Filipe de Macedo é lusodescendente e estuda engenharia enquanto oficial da Força Aérea francesa, tendo desfilado esta manhã nos Campos Elísios para os seus dois presidentes: Emmanuel Macron e Marcelo Rebelo de Sousa.

O jovem de 22 anos, com dupla nacionalidade francesa e portuguesa, chegou cedo esta manhã aos Campos Elísios para desfilar juntamente com os seus colegas da Escola de Oficiais, que tem uma parceria com uma das melhores escolas de engenheiros de França. Para Filipe de Macedo, a palavra de ordem é orgulho.

“É um orgulho ainda maior desfilar em frente também ao Presidente português. E há ainda as tropas portuguesas, que conheci e com quem treinei durante esta semana”, disse entusiasmado o jovem luso-descendente, em declarações à agência Lusa, antes de começar o desfile, referindo-se ao contingente português que participou, a convite das Forças Armadas, nesta celebração.

A Escola de Oficiais desfila a cada quatro anos e, pelas suas qualidades na formação e durante o treino, Filipe de Macedo destacou-se, merecendo um lugar na parada militar mais importante que serve também para assinalar o Dia da Bastilha, valendo-lhe assim a possibilidade de desfilar em frente ao Presidente francês e ao Presidente português, que estavam lado a lado na tribuna de honra.

Nascido em França, Filipe de Macedo diz que ser militar de carreira não era um sonho, mas não se arrepende da escolha.

“Tenho um primo na Marinha portuguesa, falei com ele e ele mostrou-me um pouco o que são as Forças Armadas. Mas não tinha muito interesse nesta carreira até ao dia em que conheci esta possibilidade de aliar o curso de engenharia com o lado militar. Não estou nada arrependido da minha escolha, porque o ano militar [de treino] foi incrível”, afirmou.

Filipe de Macedo diz que cresceu “com o amor a Portugal” e, neste dia, a família não o deixou sozinho. Os pais, os irmãos e restante família ocuparam a primeira fila, junto ao seu grupo, para o verem desfilar, desde as seis da manhã.

“É um sentimento muito feliz e emoção, é o nosso país [representado por Marcelo Rebelo de Sousa]. É um orgulho ter o meu filho aqui”, disse Teresa Macedo, mãe de Filipe, que vive em França há quase 30 anos.

Mas Filipe não era o único português do lado francês no desfile deste ano. Gonçalo Correia, cabo-chefe da Legião Estrangeira, que pertence às Forças Armadas francesas, desfilou ao lado do porta-estandarte.

“É a primeira vez que participo no desfile, faz dois anos que estou no comando da legião e antes estava sempre em missões. É um prazer acompanhar a bandeira da Legião Estrangeira”, disse o cabo-chefe Gonçalo Correia.

A Legião Estrangeira, apesar de pertencer ao Exército francês, integra militares vindos de todo o mundo e tem uma estrutura independente. É conhecida pela sua intervenção em vários conflitos e participação em missões por todo o Mundo.

Gonçalo Correia integrou o Exército português com um contrato de cinco anos e, no fim desse período, estabeleceu-se em França, integrando há nove anos a Legião Estrangeira. “Temos pessoas de diferentes experiências e nacionalidades e isso faz a força da Legião Estrangeira. Cada um traz a sua experiência”, indicou o português.

Gonçalo Correia esteve no ano passado em missão no Mali e deve partir ainda este ano para a República Centro Africana, onde espera poder cooperar com as forças portuguesas que estão também no terreno.

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