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Digitalização do ensino superior em discussão

A completa digitalização do ensino superior português como forma de este não perder o “comboio mundial” será um tema em destaque na 14.ª Conferência Ibérica de Sistemas e Tecnologias da Informação, que decorre em Coimbra.

Para Pedro Costa, presidente da Coimbra Business School, que promove a conferência, “o ensino superior português só será competitivo a nível mundial se estiver assente em sistemas de ‘b-learning’ [blended learning], possibilitando a interação, em diferido e em tempo real, dos alunos com o sistema e com o professor”.

No futuro, haverá, “seguramente, uma mistura entre o ensino tradicional, mais teórico e expositivo, e um ensino mais prático, assente sobretudo em ferramentas tecnológicas”, no qual a interação entre alunos e professor passará a ser feita também com recurso a equipamentos informáticos (portáteis e ‘tablets’) em tempo real, considera.

A 14.ª Conferência Ibérica de Sistemas e Tecnologias da Informação é organizada pela Coimbra Business School, em parceria com a Associação Ibérica de Sistemas e Tecnologias de Informação e a Universidade de Coimbra. Os trabalhos decorrerão até sábado.

Esta conferência realiza-se todos os anos em Portugal ou Espanha, alternadamente, e é considerada um local privilegiado para investigadores partilharem a sua produção científica e experiência na temática dos Sistemas e Tecnologias da Informação.

A utilização de tecnologias e de metodologias recentes como a “gamificação” (adaptação de características comuns dos jogos) para captar a atenção dos alunos, motivando-os e envolvendo-os no processo de ensino e aprendizagem de uma forma dinâmica e interativa, é um dos temas a abordar.

“Esta nova metodologia, para além de exigir a utilização de materiais pedagógicos diferentes dos tradicionais, mais acessíveis e apelativos, utiliza sistemas de pontuação, ranking e recompensas de passagens de níveis e de metas, tal como acontece com os jogos de computador”, explica Pedro Costa.

Segundo o presidente da Coimbra Business School, as aulas ou algumas matérias deverão estar também acessíveis em diferido, ‘online’, de forma a possibilitar a sua visualização e alguma interação mesmo após a aula.

A realidade virtual aumentada é outra das possibilidades.

“Será possível visitar ambientes geograficamente distantes, ou fisicamente difíceis ou mesmo impossíveis de realizar, como o espaço, realizar viagens históricas no tempo, visitar e conhecer ambientes industriais, etc.”, disse Pedro Costa.

Na sua opinião, também a avaliação de conhecimentos no ensino superior deverá passar a ser feita através de novos meios digitais, associados a tecnologias biométricas, de reconhecimento facial e de voz.

“Na Coimbra Business School já utilizamos sistemas de ‘b-learning’ há mais de 12 anos, com a possibilidade de consulta dos materiais pedagógicos das disciplinas e de interação com os restantes alunos e com o professor, para além de, quando é pertinente, a avaliação ser realizada através de meios digitais”, refere.

Também existem sistemas de videoconferência que permitem aos alunos frequentarem os cursos e, em tempo real, interagirem com a sala, com colegas estudantes e com professores, sem lá estarem presencialmente, sendo estes sistemas particularmente utilizados nos cursos executivos, como MBA e pós-graduações.

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