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Contrastes da poesia

A poesia fez a cama num campo cheio de feno
O pavor de um rei é como o rugido de um leão
A poesia oferece seu regaço fresco e moreno
O vinho é zombador e indisciplina o coração

A poesia brada como fogo que consome
Quem se ira facilmente arrisca sua vida
A poesia tem um coração cheio de fome
O preguiçoso adormeceu e a colheita está perdida

A poesia murmura e põe seus louros velhos
Golpeia o zombador para que se torne prudente
A poesia a boca e seus lábios são vermelhos
O tolo abre a boca para provocar toda a gente

A poesia clama nas praças mostrando beleza
Há filhos maltratando os pais e provocam desonra
Um corpo esbelto e cuidado ostenta nobreza
Filhos deixados à solta não trazem aos pais honra

A poesia anda nas ruas e sua voz não divaga
O preguiçoso não leva a tigela à boca
A poesia é activa e sua energia não se apaga
A testemunha imprestável é fútil e louca

Os planos do diligente trazem bons resultados
Todos os precipitados acabarão na pobreza
Um língua dolosa só produz rendilhados
Mas a língua do justo exalta sua grandeza!

José Valgode

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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