O capitalismo saudável sempre beneficiou o desenvolvimento humano, como a história o demonstra. No entanto, a prosperidade social crescente ao longo das décadas e que resulta na actual sociedade (a melhor de sempre desde que temos registos históricos),está actualmente ameaçada pela falta de competição e falta de concorrência leal entre empresas. As sociedades sempre evoluiram por competência como a sua maior virtude.
Todos os dias, na minha prática no terreno real, vejo empresários bem sucedidos preocupados com o seu sucesso em vez de o apreciar, pela forma como as grandes corporações não querem competir com eles, pois estão acima de tudo preocupados em comprá-los ou destruí-los.
Sem concorrência competente, reduzimos as nossas escolhas ao ponto delas se tornarem gradualmente ilusórias apenas, cujo resultado é afectarem o comportamento social, com mais custos materiais e emocionais.
Políticas governativas que se preocupem em controlar a concorrência para facilitar a saudável competência é a forma mais fácil de continuarmos a evoluir como sociedade livre, onde quem se esforça e se individualiza é reconhecido e não penalizado, porque se responsabilizou pelo seu caminho, assumindo os seus riscos.
Quando as políticas governativas deixam os interesses particulares prevalecerem sobre os interesses nacionais, a evolução social diminui, resultado das acções da força e do poder económico sobre quem faz bem.
É por isso que o bom senso e o caminho que melhor satisfaz a natureza humana é aquela que permite o reconhecimento do esforço de quem luta e faz mais, não lhe retirando mérito emocional ou material, não permitindo penalizar ou tirar por obrigação a quem luta por mais, nem alimentando dependências extremas com visões dicotómicas tribais.
Só quando conseguimos ter um discurso livre para falarmos individualmente sobre o que cada um de nós pensa, com pensamento articulado e bem argumentado sem violência, em vez de imperar o medo de não encaixar num suposto grupo que nos anula como pessoa, é que somos verdadeiramente livres.
Quem se inibe no que pensa, anula-se. Se se anula, deixa de existir como pessoa, como indivíduo. E se essa pessoa que não diz o que pensa fala o que o seu grupo diz, posso substituí-la em qualquer altura por outro, porque é expectável que seja um discurso vazio de responsabilidade individual, culpabilizando o mundo e os outros dos problemas existentes.
Não há volta a dar: viver é difícil, sim, é verdade. Mas queremos um mundo melhor? Então temos de ser responsáveis pela mudança que queremos ser.